Melhor em campo na vitória do Atlético-MG contra o Red Bull Bragantino na última quarta-feira (25), o jovem Rubens comentou sobre como está sendo jogar na “nova” função, que nunca tinha atuado no profissional, mas foi onde se formou na base. Antes lateral-esquerdo, ele rasgou elogios para Arana e comentou como foi ficar sem jogar.
Rubens era um jogador que a torcida do Atlético fazia cobranças semanais para ter mais oportunidades com Felipão. Quando ele ganhou a chance, mostrou o porquê dos pedidos e foi o melhor em campo. Mais uma vez, ele ganhou destaque com o alto número de desarmes e, segundo o SofaScore, é o 3° jogador no mundo com maior merda de desarmes.
– Foi um jogo importante, que a gente precisava da vitória, contra um adversário que briga pelo título. Pude contribuir com a equipe. Sobre os números individuais, sou um cara que sempre me dedico nos treinos, faço a minha parte para quando aparecer a oportunidade eu possa estar preparado e dar o meu melhor.
Rubens atuou contra o Bragantino como um meia aberto pela esquerda, fazendo uma dobradinha com Guilherme Arana no lado do campo. Formado como meia, mas sempre atuando na lateral no profissional, ele comentou sobre voltar a atuar na posição de origem:
– Uma posição que me sinto muito bem, onde comecei. O ano de 2021 todo na base eu joguei mais adiantado. Me sinto à vontade. Está sendo bom para mim jogar, que é o mais importante. Agora é manter essa pegada para continuar a ter as oportunidades e ajudar a equipe.
Retorno de Arana, chegada de Felipão e tempo sem jogar
Rubens foi titular no Atlético durante o fim de 2022 e em todo o primeiro semestre de 2023. Ele aproveitou a chance na lateral-esquerda, já que Guilherme Arana teve grave lesão, e se firmou na posição. No entanto, com o retorno do lateral e a chegada de Felipão, ele perdeu seus minutos em campo e entrou em campo em apenas cinco dos 22 jogos do treinador. O jovem respondeu sobre como lidou com essa queda, da titularidade para a reservas praticamente sem chances.
– O Arana, todo mundo sabia que quando voltasse ia jogar. Ele é jogador de Seleção. Voltou há pouco tempo e já foi convocado de novo. Como sou jovem, estava tendo oportunidades e claro que senti um pouco. Todo jogador quer jogar, independente da idade. Eu entendi e segui fazendo a minha parte nos treinamentos, para como aconteceu agora, que pude entrar contra o Palmeiras e fui titular contra o Bragantino. Sempre treinei para jogar, para estar preparado para o jogo, independente de jogar ou não. O jogador tem que ter isso em mente.
Sobre o “rival” pela lateral-esquerda, Rubens foi só elogios, falando da importância dele e de outros companheiros para o seu desenvolvimento: “O Arana é fácil de jogar com ele. É muito bom, me ajuda muito. Creio que ajudo também quando a gente joga junto. Ele sempre me dá conselhos. Não só ele, como muitos aqui que me ajudam muito. Sou um pouco “cabeça dura”, não nego, mas tenho companheiros que sempre estão comigo me ajudando dentro e fora de campo.
Oscilação do Atlético e confronto direto
O Atlético tem chamado atenção para o desempenho nas últimas rodadas. O time venceu Internacional, Palmeiras e Bragantino fora de casa, mas perdeu para o lanterna Coritiba e o Cruzeiro em péssima fase, na Arena MRV. Rubens admitiu o péssimo jogo contra o arquirrival, mas não soube explicar o motivo dessa oscilação:
– A gente fez um jogo vergonhoso mesmo contra o Cruzeiro, que temos que esquecer. Tivemos resultados bons, mas pecamos dentro de casa. A gente não sabe o que está acontecendo, pois entramos da mesma maneira que jogamos fora de casa. Sempre queremos vencer, ainda mais com a torcida apoiando. Infelizmente tem dia que nada dá certo. Futebol é assim, injusto. A gente trabalha firme para mudar isso.
Agora, o Atlético terá dois jogos pela frente. O primeiro deles é neste sábado (28), contra o finalistas da Libertadores, Fluminense, que deve ir com time reserva pensando na decisão continental. Para o jogador, isso não faz diferença: “É um confronto direto, que temos que ganhar de qualquer maneira. Vindo titular ou reserva, vamos fazer o nosso jogo, vai ser da mesma maneira, independente de quem vá entrar em campo. É um jogo em que todo mundo precisa estar ligado”.
