Jogo de vida ou morte para o Independiente

Após a derrota para o Ceará e o empate contra o Tigre, o clima dantesco foi sobremodo acentuado. Assim, não bastassem a crise política e os péssimos resultados, há agora um problema de página policial. “Los Dueños de Avellaneda”  e “Los Diablos Rojos” vêm trocando ameaças. A saber, refiro-me às torcidas organizadas mais violentas do Independiente. No último fim de semana, o conflito foi evitado por um grande grupo policial. Desse modo, a frase de Pablo Bebote Álvarez simboliza bem o cenário de terror. Ou seja, “Quem tem medo de morrer, que não nasça”. Aliás, aos que não sabem, Pablo é o líder dos “Diablos Rojos“. Pois é, é jogo de vida ou morte.

Exposto o cenário, a polícia prepara um forte esquema de segurança. Inclusive, houve 127 indivíduos detidos no último jogo. Todos pertencentes à torcida “Somos Nosotros“, outra organizada dos Diablos de Avellaneda. Nesta terça (12), às 21h30 (Horário de Brasília), o Independiente enfrenta o General Caballero. Diga-se, em seus domínios. Tratar-se-á da segunda rodada da Copa Sul-Americana. Em resumo, a pressão segue forte contra Eduardo Domínguez e a atual diretoria.

VENCER OU VENCER (JOGO DE VIDA OU MORTE)

“Se quisermos competir, na terça temos que ganhar”. Após o último jogo, essas palavras foram proferidas por Domínguez. Portanto, é vencer ou vencer na noite de hoje. O treinador promete mudanças. Dentre elas, Alan Soñora no lugar de Carlos Benavídez. E Gastón Togni vem ganhando o lugar de Damián Batallini. Que vem perdendo espaço devido a uma lesão. Ademais, Barreto e Insaurralde voltam ao time. Em síntese, Domínguez deve seguir sua pobreza tática. Refém dos chutes óbvios de longa distância. No mais, vamos à provável escalação: Sebastián Sosa; Gonzalo Asís, Sergio Barreto, Juan Insaurralde, Lucas Rodríguez; Lucas Romero, Domingo Blanco; Andrés Roa, Alan Soñora, Gastón Togni; e Leandro Benegas. 

CONSEQUÊNCIAS DE UM RESULTADO NEGATIVO

Conquanto o hino traga a frase “Siempre luchamos unidos”, a união não tem sido ato comum. Segundo veículos argentinos, um resultado negativo hoje pode designar atos reprocháveis de vandalismo. Claro, por parte das organizadas. Além disso, a demissão de Domínguez é cada vez mais abordada clube afora. Como perguntava Drummond: E agora, José? Só a vitória contra o fraco General Caballero emudece os ânimos. É jogo de vida ou morte. Na Argentina, as leis não punem à altura. Enfim, poderíamos bem chamar o país de Brasil.

Foto Destaque: Independiente

Daniel Muzitano

Daniel Muzitano

Formado em Publicidade pela faculdade Estácio de Sá, pós-graduado em Letras na instituição Veiga de Almeida, contribuiu, lexicograficamente, para o E-Dicionário de Termos Literários (Portugal), é revisor do Colégio Santo Agostinho, fluente em Espanhol, e, ainda hodiernamente, revisa teses de mestrado e de doutorado, dedica-se à área de etimologia e é colunista do Futebol na Veia, possuindo conhecimento amplo na ramificação do futebol.