Mário Bittencourt falou sobre a situação financeira do Fluminense, em entrevista ao ge, divulgada nesta quarta-feira (16). Dessa maneira, o presidente revelou uma dívida do time português Porto na negociação pelo atacante Evanilson. Assim, apontou a consciência sobre a crise no futebol, ocasionada pela pandemia, como o motivo de não levar o caso à Fifa.
“Às vezes, por que atrasa o salário? Eu tenho que explicar isso para o jogador: se tem o dinheiro na conta, por que não paga? Porque alguém dentro desses R$ 700 milhões (de passivo), que não tem acordo, vem e “puff”, mata meu fluxo de caixa. (…) Ano passado, quando a gente vendeu o Evanilson e o Gilberto, um dia os jogadores pediram uma reunião: “Poxa, presidente, salário está atrasado, vimos em uma matéria no jornal que o Fluminense vai receber tanto”. Só que eles achavam que iríamos receber à vista. Aí expliquei para eles que as vendas eram parceladas em três anos. A gente só recebeu 50% da primeira parcela do Porto pelo Evanilson. Por causa da pandemia, o Porto também não está pagando a gente”.
“Aí vale a pena ir para a Fifa, pagar não sei quantos mil de francos suíços, ou tentar ser com o Porto o que eu quero que as pessoas sejam comigo? Então faço a mesma coisa. Foi o que aconteceu quando o Orejuela foi vendido para o Querétaro. Eles tinham que pagar U$ 1,5 milhão de dólares para a gente, botaram no papel, mas depois ligaram para a gente dizendo: “Olha, não vai dar, não, vamos ter que pagar em 10 parcelas”. E não estão nos pagando. Mas da mesma forma a gente faz o quê? Notifica, aí eles pagam uma… O mundo inteiro está na mesma situação”.
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Parte do Fluminense no acordo
Anteriormente, o centroavante Evanilson pertencia à Tombense-MG. No entanto, nas negociações entre o clube mineiro e o português, o Fluminense também tinha partes a receber. Sendo assim, 20% de taxa de vitrine e 10% de direitos econômicos do ex-jogador da equipe tricolor.
Foto Destaque: Divulgação/Fluminense


