Zidane e companhia acabaram com o sonho do Brasil

O abominável 12 de julho de 1998 nunca será esquecido pelos brasileiros, principalmente para os que prestigiaram este jogo. O confronto era entre Brasil e França, válido pela final da Copa do Mundo de 1998. Os Bleus tinham a vantagem de jogarem em casa, a partida ocorreu no Stade de France em Paris. Entretanto, a Seleção Canarinho vinha embalado do título de 1994 e com uma safra rica de talentos e que era liderado por Ronaldo Fenômeno. Por outro lado, os mandantes tinham a sua melhor geração e contava com Zinedine Zidane em grande fase. O resultado não condiz com o que eram as equipes, no entanto o esquadrão tricolor amassou o plantel de Zagallo. A Coluna Marcas da Copa conta a história desse jogo.

A CAMPANHA BRASILEIRA

A 1ª fase da Seleção foi bem razoável. O grupo tinha Escócia, Noruega e Marrocos, os times eram bem mais fracos que o Brasil, mas não foi tão fácil assim. A estreia foi difícil, mas o plantel verde-amarelo venceu por 2 x 1 os britânicos. O duelo mais tranquilo foi contra os africanos. Com uma boa atuação os, até então, tetracampeões, ganharam de 3 x 0 com tranquilidade. O último embate não valia muito para os brasileiros, porque o esquadrão já estava classificado. A equipe foi muito mal e sofreu uma derrota de 2 x 1 para os sucessores dos Vikins.

No mata-mata, os craques apareceram e a Seleção Canarinho passou a colecionar boas atuações. Primeiramente, massacrou o Chile por 4 x 1 nas oitavas de finais. O confronto das quartas foi contra a forte Dinamarca, liderada pelos irmãos Laudrup. A partida foi muito disputa, mas o Brasil ganhou por 3 x 2 com destaque para a atuação de Rivaldo. Por fim, o adversário da semifinal seria a Holanda, a 2ª grande geração da Laranja Mecânica. O jogo foi muito difícil e acabou sendo decidido nos pênaltis. Como todo grande time começa com um bom goleiro, Taffareal salvou a nação mais uma vez e os brasileiros foram para a final novamente. “Vai que é sua TAFFAREELL“.

O DRAMA NA VÉSPERA DA FINAL

Os jogadores brasileiros estavam concentrados para a grande final. Todos estavam se preparando para dormir, até que Ronaldo começa a passar mal. O Fenômeno teve uma convulsão e foi levado às pressas para o hospital. Todo o elenco ficou em pânico com a situação do craque. No fim das contas, o camisa 9 se recuperou e voltou para a concentração, no entanto muito consideravam que o craque não iria jogar. Entretanto, mesmo depois da escalação oficial sair com Edmundo como titular, o Melhor do Mundo da época foi para o jogo após convencer Zagallo que poderia atuar.

E CHEGA O GRANDE DIA

A  França chegava ao Stade de France cheio de esperança de conquistar sua 1ª Copa do Mundo. O plantel liderado por Zinedine Zidane estava invicto no Mundial, com 5 vitórias e um empate. Na grande final, a equipe não ia contar com o grande zagueiro Laurent Blanc, que havia sido expulso na semifinal contra a Croácia. Por outro lado, a Seleção Canarinho não teve nenhum desfalque. Na verdade, teria até um reforço, já que Cafu voltava de suspensão. Mesmo com todos os problemas, Ronaldo Fenômeno foi para o campo.

1° TEMPO

O começo da partida foi dominado pela França. O craque Zinedine Zidane jogava com facilidade no meio-campo e era o termômetro do time. A Seleção Brasileira estava envolvida e não conseguia chegar bem ao ataque. O gol dos mandantes era questão de tempo. Até que aos 27′, Emmanuel Petit cobrou um escanteio na cabeça de Zizou, que abriu o placar.

Com o placar desfavorável, os brasileiros teriam que correr atrás do resultado. Entretanto, a equipe estava completamente perdida em campo. Os Bleus estavam mais próximos de ampliar a vantagem do que o Brasil empatar. A etapa inicial estava prestes a acabar, no entanto o pesadelo de Ronaldo e companhia ainda não. Em um novo escanteio, mas dessa vez cobrado por Youri Djorkaeff, Zidane fez o seu 2° gol da partida de cabeça.

2° TEMPO

O Brasil já voltou do intervalo com mudança, Denilson entrou no lugar de Leonardo. A mudança deixou a equipe mais agressiva e até melhorou na partida. Logo aos 55′, Ronaldo recebeu livre dentro da área, mas parou em Fabien Barthez. Na sequência, o goleiro francês saiu “catando borboleta” e Bebeto finalizou para o gol, no entanto Desailly salvou a França. O zagueiro salvador acabou expulso depois, por duas faltas em Cafu.

Com um a mais, Zagallo colocou o time para frente em busca de um empate milagroso. Porém, os nervos brasileiros estavam a flor da pele. Após Rivaldo jogar a bola para fora, porque Zidane estava no chão, Edmundo deu um chilique em campo. Próximo do fim da partida, Denilson chutou uma bola no travessão, era sinal que a bola não queria entrar. Como disse Galvão Bueno: “Não era o dia do futebol brasileiro”. Para fechar o caixão, Petti fez o 3° tento aos 90′. O mundo era dos tricolores.

ZIDANE CONSEGUIU O QUE PLATINI TANTO SONHOU

A França nunca tinha vencido uma Copa do Mundo. Em 1986, liderada por Michel Platini, ficou em 3° lugar com a sua melhor geração até o momento. Entretanto, Zinedine Zidane e companhia conseguiram o sonhado título e ainda dentro de casa. Zizou maestrou pelos gramados franceses e liderou a forte geração ao sucesso. A França foi brilhante e guerreira e mereceu essa grande conquista.

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Foto Destaque: Divulgação/ Twitter/ World Cup Fever

Leonardo Pinheiro

Leonardo Pinheiro

Escolhi jornalismo porque para mim é prazeroso informar as pessoas, e além disso, a paixão pelo futebol me encorajou a seguir essa carreira. Meu principalmente objetivo na profissão é trabalhar com esportes, principalmente o futebol.