Vasco: zagueiro Léo faz apelo por liberação de São Januário e critica interdição

Léo disse que decisão de proibir público em São Januário é equivocada e afirmou que polêmica virou assunto entre os jogadores do Vasco

Os jogadores do Vasco também entraram na mobilização pela liberação do público em São Januário. Em meio a protestos, reuniões e ações na justiça, o zagueiro e antigo capitão Léo fez mais uma apelo pelo fim da proibição da torcida no estádio vascaíno. Além disso, ele confirmou que o assunto já tomou conta também das conversas entre os altetas do Vasco.

– Nos últimos dias tem sido comentado sobre a torcida não poder frequentar o estádio, sobre não poder ter jogo em São Januário. São quase 100 anos de história, a Barreira tem uma ligação muito forte com o Vasco. Diversas pessoas que moram na Barreira trabalham no Vasco. Então não vejo por que não ter jogo lá, por que essa torcida que, desde o ano passado vem batendo recorde de público, não pode estar no seu estádio, vendo os seus jogadores – afirmou Léo em entrevista à “Vasco TV”, antes de completar.

– Agora, depois de quase 100 anos, não pode utilizar o estádio que foi construído pelos torcedores, que tem essa importância tão forte na América Latina. Até uns anos atrás era o maior estádio da América Latina. A gente para para pensar: todo mundo joga no seu estádio, só o Vasco que não pode? Eu tenho pensado muito sobre isso, muitos aqui dentro do Vasco também tem pensado muito sobre isso – disse o zagueiro.

Léo diz que decisão foi equivocada

São Januário está interditado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desde a confusão na partida contra o Goiás, pelo Campeonato Brasileiro, no fim de junho. Desde então, já se passaram 70 dias. A polêmica decisão foi baseada num relato preconceituoso de um juiz, que citou “estampidos de tiros” e “ruas estreitas” da Barreira do Vasco como um problema nos arredores do estádio. Assim o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro interditou inicialmente o Estádio de São Januário para receber qualquer tipo de evento esportivo. Em seguida, a Justiça liberou o local para receber jogos, mas sem público. O clube recorreu e estava confiante de que conseguiria a liberação, mas, na última quinta, o TJ manteve a interdição para o público. Para o zagueiro Léo, a decisão foi equivocada.

– É uma decisão muito equivocada. Qualquer clube tem o direito de utilizar o seu estádio, a torcida tem direito de estar no seu estádio. A Barreira tem identificação muito forte com o Vasco, isso já é histórico. Espero que isso possa mudar – afirmou Léo.

Com a manutenção da interdição do público, agora a principal linha de ação do Vasco é tentar acertar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público. Caso isso ocorra, o processo será extinto. Mas, além disso, o clube também vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJD), em Brasília. Nesta quinta-feira, o Vasco publicou um manifesto pedindo a liberação do estádio.

Gabriel Rodrigues

Gabriel Rodrigues