O futebol brasileiro é um celeiro de craques, que ao longo dos anos, firma cada vez mais a sua hegemonia. De geração em geração, títulos são conquistados, recordes são quebrados, corações são atingidos e grandes talentos revelados. Desse modo, o Futebol na Veia reuniu cinco nomes que passaram pelo Palmeiras e deixaram sua marca grandiosa. Confira a lista.
5 – DUDU
Com certeza, o baixinho Dudu é um dos maiores ídolos da nova geração do Palmeiras. O craque, que chegou ao clube em janeiro de 2015 com status de destaque, após grande temporada no Grêmio, fez jus às expectativas que lhe foram depositadas. Simultaneamente, outro fator que o fez cair nas graças da torcida palmeirense foi a sua escolha, quase que particular, de atuar pela equipe. Os rivais Corinthians e São Paulo travavam uma batalha pessoal para ter o seu passe, mas o ponta acabou surpreendendo a todos, ao escolher atuar pelo Verdão.
Após assinar o contrato, diversas brincadeiras em torno de sua chegada começaram a circular. O termo “chapéu” virou armadura palmeirense contra os rivais, e até o jogador entrou no clima da piada, ao comemorar gols e falar descontraidamente sobre o assunto.
De fato, a história de Dudu com o Palmeiras é vasta, composta por recordes, gols e muitos títulos. A saber, são sete anos de clube, com 416 jogos, 85 gols, 97 assistências e 11 títulos: três Campeonatos Brasileiros Série A (2016, 2018 e 2022), duas Libertadores (2020 e 2021), três Campeonatos Paulistas (2020, 2022 e 2023), uma Copa do Brasil (2015), uma Recopa Sul-Americana (2022) e uma Supercopa do Brasil (2023).
Com os marcos, o craque se tornou o maior artilheiro palmeirense do século 21.
4 – VALDÍVIA
Sim, vocês podem estar pensando: o que Jorgito Valdívia está fazendo nessa lista? Calma, nós explicaremos. Para se tornar um ídolo em um clube, grandes atuações e, consequentemente, faturar títulos, são, de fato, os maiores motivos para tal êxito. Contudo, identificação com a torcida também é um fator positivo que acarreta um possível status de estrela.
Nesse ínterim, na década dos anos 2000, o Palmeiras vivia uma escassez de ídolos. Posteriormente, jogadores de destaque passavam pela equipe, mas não despertavam a euforia do torcedor. Todavia, tudo mudou no ano de 2007, quando Valdívia, até então com um ano de casa, ganhou espaço como titular e começou a mostrar o seu talento.
O chileno foi uma figura singular em tempos de carência palmeirense. Seu jeito marrento e peculiar, com entrega e paixão em campo e, principalmente, suas provocações diante dos rivais, com imitações de “choro” e “paradinhas” nos pênaltis, logo o fizeram cair nas graças do torcedor.
Contudo, com suas contusões recorrentes e algumas polêmicas extracampo, fez nascer uma relação de amor e ódio. De fato, El Mago, como fora acarinhado, era querido, mas, ao mesmo tempo, odiado. Até mesmo os torcedores mais cascudos assumiam seu talento. Ao todo, foram duas passagens com três títulos conquistados.
Mesmo anos após sua partida, Valdívia mantém relação ativa com o Alviverde e costuma fazer declarações em suas redes sociais, demostrando amor e carinho pela equipe.
4 – MARCOS
Marcão ou São Marcos, para os íntimos: esse é o nome de um dos maiores ídolos do Verdão. O goleiro, que atuou entre os anos de 1992 a 2012, foi fiel ao clube durante toda sua gloriosa carreira. Até os dias atuais, é sinônimo de lealdade e gratidão.
Eterno Santo, como é relembrado com carinho pelos palmeirenses, de suas mãos saíram as defesas mais marcantes, que culminaram nas maiores conquistas da história do clube. Entre suas principais glórias, estão os Campeonatos Brasileiros de 1993 e 1994, a Copa do Brasil de 1997 e um dos maiores títulos da história do Palmeiras, a Copa Libertadores de 1999, além de inúmeras outras taças.
Seu desempenho lhe rendeu convocações para a Seleção Brasileira, pela qual acabou por faturar a Copa do Mundo de 2002.
Relembrado por suas defesas milagrosas, Marcos detém recordes pessoais, como o de goleiro que mais defendeu pênaltis na Libertadores. Aposentado, atualmente segue firme como embaixador do clube.
2 – EVAIR
Com um início conturbado, Evair quase não vingou no Palmeiras. O craque que estreou no ano de 1992 acabou se afastando do elenco principal por “deficiência técnica”. Contudo, superou a fase e se tornou um dos maiores ídolos do clube.
Natural de Crisólia, em Ouro Fino (MG), cresceu em família humilde e torcia para o Santos. Aos 14 anos, chegou a fazer testes no São Paulo, mas acabou não passando. Porém, no ano seguinte, conseguiu uma oportunidade no Guarani. Simultaneamente, com o novo trabalho, foi morar longe de sua família e acabou conhecendo seu grande amigo e companheiro de vida, João Paulo.
No Verdão, sua estrela começou a brilhar no ano de 1993, quando foi peça principal na conquista do Campeonato Paulista. Na partida final, marcou dois, dos quatro gols palmeirenses diante o Corinthians. Ainda no mesmo ano, foi campeão do Torneio Rio-São Paulo e do Campeonato Brasileiro, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Posteriormente, em 1994, mais uma vez foi destaque, dessa vez, na artilharia, marcando 53 gols e conquistando novamente os títulos estadual e nacional.
Em resultado de seu talento, Evair despertou interesse do mercado estrangeiro e da Seleção Brasileira. Sua saída do Brasil se efetivou com sucesso, mas sua ida para a Copa do Mundo acabou não acontecendo. Anos mais tarde, precisamente em 1999, voltaria ao Palestra e escreveria seu nome na história do clube de vez, ao marcar um dos dois gols da finalíssima da Libertadores, diante o Boca Juniors.
1 – ADEMIR DA GUIA
Com uma aparência miscigenada, típico de um brasileiro raiz, o maior ídolo do Palmeiras, é ninguém menos que Ademir da Guia, “O Divino”. Com mais de 16 anos de clube, o craque desenhou uma trajetória digna de estrela. Ao todo, foram 902 jogos com a camisa alviverde, o que o fez ser classificado como um dos melhores jogadores do Brasil e do mundo.
Apesar do grande sucesso no Verdão, na Seleção Brasileira Ademir foi bastante injustiçado. Posteriormente, pela Canarinho, atuou apenas em 14 jogos durante toda sua vasta carreira. Assim, nunca teve a chance de conquistar o tão sonhado título da Copa do Mundo. Em contrapartida, no Palmeiras fez jus a seu talento, faturando vários canecos. Sobretudo, não é ousado dizer que Ademir da Guia, em questão de hegemonia, caminhou lado a lado com o jovem Pelé.