Com mais de 90 anos de história recheada de momentos marcantes, títulos e jogos memoráveis, é evidente que o Tricolor Baiano tem uma lista de ídolos imensurável. Confira os cinco maiores ídolos do Bahia neste texto especial.
5 – NONATO
A princípio, não poderíamos fazer a lista e nos esquecer de Nonato, um dos melhores camisas nove da história recente do Tricolor. A priori, o atacante chegou para participar das divisões de base. Entretanto, sua bela performance e seu futebol já chamaram atenção e, dessa forma, foi chamado para compor a equipe principal.
Assim, em seu primeiro torneio disputado, em 1998, o Campeonato Baiano Júnior, Nonato foi o artilheiro e destaque, com 24 gols marcados. Posteriormente, na temporada seguinte, balançou as redes 18 vezes. Logo, subiu para o profissional.
Contudo, como diz o ditado: “nem tudo é perfeito”. Assim, imperfeita foi a primeira temporada do atacante. Uma lesão deixou Nonato quase a temporada toda de fora, retornando já no final, quando ainda balançou as redes em duas oportunidades.
Por fim, após a lesão, veio a bonança. Nonato se tornou o sétimo maior artilheiro da história do clube e, além disso, conseguiu conquistar artilharias da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil. Em suma, ainda ganhou um bicampeonato do Nordeste e do Estadual.
4 – BOBÔ
Natural de Senhor do Bonfim, é um dos maiores ídolos da história recente do Bahia. Desse modo, seu ápice foi justamente em 1988, quando o Tricolor conseguiu conquistar seu segundo título nacional. A princípio, Bobô era uma das referências da equipe do técnico Evaristo de Macedo, que surpreendeu até os mais otimistas dos torcedores.
O auge do atacante foi a final contra o Internacional, quando, no primeiro jogo, Bobô foi responsável pelos dois gols da equipe baiana, que venceu o confronto por 2 x 1. Na volta, com o empate em 0 x 0, o Bahia se sagrou bicampeão nacional. Além disso, ainda conquistou o tricampeonato baiano de forma consecutiva.
3 – BEIJOCA
Como era comum na época, Beijoca começou a carreira muito cedo. Assim, aos 16 anos, em seu único jogo pela base, marcou quatro gols, o que credenciou a sua subida para a equipe principal. A priori, o jogador estreou com a camisa tricolor no Torneio Roberto Gomes Pedrosa, de 1970, diante do Corinthians. Desse modo, em duelo em que o time nordestino perdia por 2 x 0, Beijoca veio do banco e marcou seu primeiro gol com a camisa do Esquadrão.
Beijoca foi parte de um time vitorioso, conquistando o heptacampeonato baiano de forma consecutiva e ainda participou de outros cinco títulos. Além disso, o atacante jogou com um dos maiores times do Bahia, que tinha Elizeu Godoy, Perivaldo, Sapatão, entre outros. Por fim, Beijoca é o 12° maior artilheiro do Bahia, com 106 gols marcados. A curiosidade que seu nome é José Augusto, o apelido “Beijoca” foi por conta dos beijos que soltava nas comemorações.
2 – CARLITO
Carlos Domingues Viana ou simplesmente Carlito, como ficou marcado na história do futebol e do Bahia. Assim, consagrou-se como maior artilheiro do Tricolor com 253 gols marcados em 341 partidas. Sua passagem, que foi dos anos de 1946 a 1959, contemplou momentos de ouro para a história do time nordestino.
O atacante tinha uma característica que agradava o torcedor: muita raça, já que era um jogador para o qual não tinha bola perdida. Além disso, possuía um excelente poder de finalização e uma cabeçada única. Carlito ainda conseguiu faturar nove títulos do Campeonato Baiano, além de ter vencido a Taça Brasil, que, posteriormente, seria reconhecido como o primeiro título do Campeonato Brasileiro da equipe.
Por fim, em seu auge, o atleta ainda recebeu uma sondagem do Flamengo. Entretanto, segundo histórias da época, a noiva do atacante se recusou a ir para o Rio de Janeiro, o que brecou sua saída e o fez ser ainda mais valorizado pela torcida e pelo clube baiano.
1 – DOUGLAS FRANKLIN
Douglas da Silva Franklin afirmou que o Bahia salvou sua vida. A princípio, o jogador estava de saída do Santos, assim, o América-RJ e o Tricolor Baiano disputavam a contratação. O clube carioca, por sua vez, deu ao craque uma passagem para que fosse ao Rio de Janeiro. Entretanto, Franklin preferiu o Esquadrão. Posteriormente, o avião que o levaria à Cidade Maravilhosa caiu e não houve sobreviventes.
Era um época em que o futebol era mais difícil, os Estaduais tinham uma maior relevância, e o fã estava mais perto do seu principal ídolo. A priori, o jogador que chegou em 1972 e ficou até 1980 e trouxe um heptacampeonato de forma invicta ao Tricolor.
Douglas costumava jogar com uma fita branca na cabeça, o que, na época, era um estilo chamado de “Novos Baianos”. Além disso, com o adorno, foi se consagrando, tendo marcado 211 gols e tido uma parceria imbatível ao lado de Beijoca. Resultado: sete títulos Baianos de forma consecutiva, sendo a maior sequência da história.
Por fim, era um tempo em que a TV ainda engatinhava, mas o rádio estava sempre presente, assim como o torcedor, que comparecia aos estádios nas tardes de domingo para ver de perto a dupla que sinalizou mais de 300 gols com a camisa do Tricolor.