Antes de mais nada, o torcedor santista sabe da grande crise financeira vivida pelo Santos. No entanto, após Andres Rueda assumir o Peixe, o presidente está sendo o mais transparente possível. Liberou as atas de reuniões do comitê de gestão, contratou Ariel Holan, mostrando a real situação do clube, e não esconde de ninguém o tamanho da dívida do Alvinegro.
PANOS LIMPOS DA DIRETORIA
De antemão, Andres Rueda concedeu entrevista na Rádio Bandeirantes na última terça-feira (2) e detalhou a situação do clube. Segundo ele, o valor em dúvidas que o Santos tem está em torno de R$ 700 milhões. Dessa forma, confira um pequeno trecho da entrevista:
“Por baixo, R$ 150 a R$ 180 milhões, até o final do ano. Se paga essa dívida com receitas recorrentes, renegociando contrato a contrato, mas é difícil. Dívidas estão há muito tempo sendo levadas. Quanto mais antiga a dívida, mais difícil fica. Há dívidas renegociadas três vezes. Um exemplo: R$ 8 milhões em dívida. Em dois anos, nada se paga, renegociada três vezes e o principal dela hoje tem R$ 14 milhões. Contamos com a falta de credibilidade desses credores hoje. Temos que renegociar, alongar a dívida. Só vamos respirar quando vendermos jogador, infelizmente. Vamos tirar o nariz da linha d’água com entrada significativa de venda de jogador”.
MEDIDAS PARA DIMINUIR AS DÍVIDAS
Alguns dias após assumir o Santos, Rueda afirmou que seria necessário reduzir a folha salarial em pelo menos 30%. Assim, nesta semana o ex-jogador Renato Florêncio que atuava como coordenador técnico e o chefe do departamento médico, Ricardo Galotti, entre outros, foram desligados do clube. Portanto, durante a entrevista Rueda explicou o motivo.
“O Santos tem uma folha, sem encargos, beirando os R$ 8 milhões. No futebol, os encargos são de 40 ou 50%. Coisa de R$ 12 milhões. Não encaixa, não dá. Preciso derrubar, de qualquer maneira, o custo da folha para R$ 5,5 ou R$ 6 milhões sem encargos. Vai doer na carne, não tem como. Sem isso, não vamos viabilizar o clube. Não é só torcer para ter um raio, brigar para ter colocações em campeonato Santos tem que entrar para ganhar campeonato. Queria ter dinheiro sobrando para contratar o que há de melhor no mercado. Para chegarmos nisso, vamos sofrer. Ninguém gosta de fazer, não é agradável demitir e enxugar a folha, mas nosso propósito na gestão é corrigir e colocar o Santos no caminho correto”, completou.
Foto Destaque: Reprodução/Rádio Bandeirantes