Opinião: quem foi bem e quem foi mal em Palmeiras x Bahia

O Allianz Parque recebeu mais uma partida do Campeonato Brasileiro de 2019. As duas equipes tinham objetivos diferentes nessa partida. Palmeiras e Bahia se enfrentaram no domingo de dia dos pais (12). Sendo assim, fora as divergências e polêmicas que envolveram o VAR e a arbitragem, as equipes protagonizaram um jogo intenso. Dessa maneira, quatro gols foram marcados, dois de cada lado.

O Palmeiras vinha de um empate com o rival . Um resultado satisfatório por ser na casa do adversário. Entretanto, a equipe já soma cinco partidas sem vencer. Desde a parada para a Copa América, o Verdão teve uma derrota (Ceará) e quatro empates. Além disso, o Santos, atual líder, perdeu para o São Paulo e não pontuou. Seria a chance perfeita para o Palmeiras se reaproximar da liderança. Assim sendo, a vitória seria muito importante.

Palmeiras recupera força, mas perde o fôlego

A atuação da equipe alviverde, principalmente no início do jogo, deu um salto técnico e tático em comparação às últimas partidas. Os jogadores estavam mais concentrados e davam muito trabalho para o goleiro Douglas. Do lado palmeirense, Luan trabalhou bem na defesa e nos cortes. Dudu comandava o ataque com maestria, mostrando por que ele é peça essencial no Palmeiras. Foram 63 gols e 65 assistências vestindo a camisa do Palestra. Com esses números, o mesmo ganhou a artilharia no Allianz, a artilharia do século e o posto de melhor jogador em campo nesta partida.

Até o momento da expulsão, Felipe Melo vinha fazendo uma excelente partida. Contudo, o jogador chegou forte em Lucca e levou cartão vermelho, com confirmação dada pelo VAR. O volante teve um desempenho acima da média em partidas anteriores e foi o autor do gol no clássico contra o Corinthians. Porém, ao ser expulso, prejudicou a equipe em um momento crucial. Na zaga, Luan e Vitor Hugo deram conta do recado. E, mesmo com um jogador a menos, o setor defensivo alviverde foi eficaz. No ataque, Gustavo Scarpa e Zé Rafael, ao lado de Dudu e Luiz Adriano deram trabalho para a defesa do Tricolor. O que faltou foi pontaria.

Bruno Henrique ainda ficou aquém do seu nível de jogo, mas sua postura mudou dentro de campo. De volta com a faixa de capitão, ele tomou conta das situações que envolviam o diálogo com o árbitro, principalmente diante dos cartões recebidos por Dudu e Zé Rafael. As laterais mostraram falhas. Marcos Rocha estava melhor, mas faltava velocidade e fôlego, enquanto Diogo Barbosa não recuperou seu futebol. Desde a parada para a Copa América, o camisa 6 não faz uma boa partida. Neste domingo, seu desempenho melhorou, mas ainda assim não chegou a jogar como antes.

Os estreantes de domingo

Os novos reforços, Vitor Hugo e Luiz Adriano, fizeram sua estreia nesta partida. Os mesmos já entraram como titulares. Usando a camisa 4, o zagueiro foi impecável nos desarmes. Como velho conhecido da torcida, mostrou por que sempre foi tão querido pelos palmeirenses. Dessa maneira, mesmo sem o entrosamento que Gustavo Gómez tem com seu parceiro de zaga, o xerife fez uma excelente partida. Enquanto isso, Luiz Adriano entrou com tudo. O camisa 10 abusou de jogadas cheias de técnica e tática. Ele provou que, quando encaixar com o resto do elenco, poderá ser o centroavante que o time precisava.

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Opinião: o Palmeiras merecia a vitória

Além de um jogo eletrizante e bem dirigido por Felipão e Roger Machado – dois dos grandes protagonistas da partida – a arbitragem reinou neste domingo. Depois da expulsão de Felipe Melo, o árbitro Igor Junio Benevenuto se perdeu dentro do gramado. Mostrou-se inseguro e vulnerável em suas decisões. O mesmo distribuiu cartões amarelos e abusou da utilização do VAR, principalmente no segundo tempo. Ainda a nível de apito, validou um pênalti que, dentro das circunstâncias que ocorreram, não se caracterizaria como penalidade.

Além disso, um lance foi muito reclamado pelos Palmeirenses, onde envolvia um contra-ataque promissor em uma tabela de Dudu com Marcos Rocha. O árbitro viu um toque de mão do camisa 7, marcando falta. Porém, a bola tinha batido no peito do atacante. Assim também, foi o protagonista de lances decisivos e, de certa forma, prejudicou o andamento da partida. Na segunda etapa, a comissão teve que dar mais de 10 minutos de acréscimos por conta das paradas realizadas pelo time de arbitragem.

Por outro lado, na parte esportiva as duas equipes fizeram uma grande partida. Tanto tática quanto tecnicamente, o desempenho alviverde foi melhor do que o do Bahia. O time da casa soube controlar o jogo. Apesar de perder o fôlego após a marcação do segundo penal, soube impor seu ritmo. O Palmeiras merecia a vitória pelo futebol apresentado e pela bagunça que Dudu conseguiu fazer na zaga baiana.

Valéria Contado

Valéria Contado

Eu sou a Val Contado, finalmente jornalista (uhul!), apaixonada por futebol há 24 anos, desde quando meu pai colocou em mim o uniforme do nosso time do coração. Adepta da arte da resenha, falar e respirar futebol é o que eu mais gosto de fazer.