Matheus Cassini, 23 anos, ganhou projeção nacional ao vencer a Copa São Paulo pelo Corinthians em 2015 sendo um dos destaques da equipe na campanha. No entanto, o atleta sequer atuou pelo profissional antes de ser vendido ao Palermo (ITA) e rumar à Europa. Desde então, jogou em clubes como Inter Zapriesic (Croácia), Siracusa (Itália), Ponte Preta, Santos, Oeste. Já em sua última temporada, atuou pelo Estoril, de Portugal.
Em bate-papo exclusivo ao Futebol na Veia intermediado pela WP Assessoria, Cassini fala sobre a conquista da Copinha, a adaptação em solo europeu e a identificação com o Timão:
ENTREVISTA – MATHEUS CASSINI
Futebol na Veia: Você ganhou prestígio nacional logo cedo, após conquistar a Copa São Paulo de 2015 atuando pelo Corinthians. Qual a sensação de vencer a competição?
Matheus Cassini: Vencer a Copa São Paulo foi uma sensação maravilhosa. Naquela época era tudo muito novo para nós, não estávamos acostumados com televisão e estádio cheio. Ainda lembro que em nossa estreia bateu um certo nervosismo, mas nossa equipe tinha muita qualidade e excelentes jogadores. Graças a Deus deu certo e conseguimos levar o caneco para casa.
FNV: Após sair do Corinthians, ainda acumulou passagens pelo Futebol Italiano, Croata e Português. O que pôde aprender com experiências nos respectivos países? Teve dificuldade na adaptação?
MC: Apesar das poucas oportunidades, a experiência foi boa em todos os lugares que passei. Pela facilidade em me adaptar, só tive problemas em começar a morar sozinho e sair de casa, já que era novo (19 anos) quando saí do Brasil. Mas cada país tem sua peculiaridade e nós que somos estrangeiros temos que nos adaptar.
FNV: No Brasil, você teve passagens por clubes como Ponte Preta, Santos e Oeste. Como foi voltar a atuar no Futebol Paulista?
MC: Minha passagem por esses clubes foi muito rápida; com a Ponte Preta, estive no elenco que chegou à final do Campeonato Paulista 2017 (vencida pelo Corinthians), enquanto que pelo Oeste não pude entrar em campo por questões contratuais; porém, foram lugares importantes em minha volta do Futebol Europeu e só tenho a agradecer. Já no Santos acabei atuando na equipe B e não foi uma experiência agradável, mas é passado.
FNV: Qual a principal diferença que encontrou entre o futebol praticado no Brasil e o da Europa?
MC: A principal diferença é a intensidade; futebol europeu decorre do raciocínio rápido e da forma com que você pensa o jogo, enquanto que no Brasil é mais cadenciado.

FNV: Especulou-se uma possível volta ao Corinthians, clube que o revelou, sobretudo sob comando de Osmar Loss. Teve algum contato para o retorno? Você ainda vislumbra uma possível volta?
MC: Eu tive uma conversa rápida com Osmar Loss, porém não falamos sobre um possível retorno. Penso em voltar ao Corinthians, justamente por ser minha casa e um clube que tenho carinho imenso, mas minha intenção é continuar na Europa por enquanto. Independentemente do tempo, se um dia tiver que ser, será…
FNV: Em campo, já atuou como meia-armador e pelas beiradas. Tem preferência por alguma das posições?
MC: Não tenho preferência. Tem jogos que o treinador pode te colocar em determinada posição que, pela estratégia, renderá mais. Mas nunca tive essa preocupação e importante pra mim sempre foi jogar.
Na última temporada, você foi emprestado ao Estoril, de Portugal. Como analisa sua evolução?
MC: No Estoril foram 19 jogos. Duvidavam de mim quando cheguei, tanto dentro quanto fora do clube. Só que eu sei o que eu sou, o que posso fazer e onde posso chegar; lá, eu pude provar quem é Matheus Cassini. A evolução foi boa e eu consegui demonstrar minha capacidade, além de me ajudar psicologicamente também.
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Você está de volta ao Amiens, da França. Quais suas expectativas? Acredita que o clube pode surpreender na Ligue 1?
MC: Provavelmente não permanecerei no Amiens. Vamos ver nos próximos dias, já que meus agentes conversarão com os diretores do clube e tenho certeza que vão tomar a melhor decisão para minha carreira. Sobre o que eles podem fazer, eu não sei e nem interessa muito, já que não ficarei lá.


