Pela primeira vez, Copinha terá três mulheres no quinteto de arbitragem

A 50ª edição da Copinha será especial não só para os torcedores de São Paulo e Vasco, mas também para as mulheres que desejam ingressar profissionalmente no mundo do futebol. Hoje (24), em coletiva para a imprensa, foi destacado que a final do torneio contará com três mulheres no quinteto responsável por apitar a partida.

Amanhã, pela primeira vez, nós teremos duas assistentes mulheres”, contou o tetracampeão Mauro Silva sobre a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior 2019.

O árbitro principal será Douglas Marques das Flores, mas os assistentes serão mulheres: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo, que é arbitra Fifa, e Fabrini Bevilaqua Costa. O quarto árbitro será também um homem, João Vitor Gobi, mas o assistente suplente também é mulher, Amanda Pinto Matias.

Pela primeira vez, Copinha terá três mulheres no quinteto de arbitragem
Reprodução / UOL

A princípio, esse pode parecer um detalhe muito simples, mas tudo muda quando olhamos o quadro da Federação Paulista. Atualmente, são apenas seis árbitras e 14 assistentes entre 400 profissionais, ou seja, apenas 5%. Mesmo assim, as assistentes não se deixam abalar e sabem a importância dessa ocasião.

“Nós sabemos que a Copa SP é muito grandiosa, todos nós árbitros, independente do gênero, sempre sonhamos em poder estar numa final dessas, é uma emoção muito grande. Ter duas mulheres é um grande passo para que nós possamos conquistar mais os nossos sonhos, nossos objetivos, mostrar nosso trabalho, de forma respeitosa, sem discriminação. Mostrar o nosso melhor, aquilo que nós amamos fazer”, comentou Tatiane Sacilotti para o blog Dibradoras.

Sacilotti iniciou sua carreira em 2003, aos 17 anos. Em seguida, em 2004, ingressou na Federação Paulista e, em 2011, trabalhou pela primeira vez na série A1 do Campeonato Paulista masculino. Naquele ano, fez a final da competição entre Santos e Corinthians e foi eleita a terceira melhor árbitra assistente do torneio, dentre homens e mulheres. Em 2012, chegou ao quadro masculino da CBF e, em 2016, tornou-se árbitra FIFA. Este ano, ela representará o Brasil na arbitragem da Copa do Mundo de futebol feminino, na França.

Redação FNV

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