era maravilhoso quando a equipe era comandada por Jorge Jesus. O treinador fez do time carioca uma máquina enquanto esteve no comando de jogadores como Gabigol, Bruno Henrique, Arrascaeta e Everton Ribeiro.
Jorge Jesus, no entanto, deixou o Flamengo e voltou para Portugal, seduzido por uma proposta espetacular do Benfica, seu antigo clube. Sem o português, o Rubro-Negro carioca foi atrás de outro nome para comandar o clube. O escolhido foi Domènec Torrent, um espanhol ex-auxiliar de Pep Guardiola e que estava trabalhando no New York City, dos Estados Unidos.
"Torrent é da escola do Cruyff. Sabe tudo e mais um pouco de bola. No Bayern, quem dava os treinamentos era ele. Guardiola só ficava corrigindo."
– Rafinha, no Resenha ESPN pic.twitter.com/AuXKLIUVUV
— SportsCenter Brasil (@SportsCenterBR) July 31, 2020
A expectativa é alta. Torrent trabalhou com um dos melhores técnicos do planeta. Guardiola ganhou tudo por onde passou, seja no Manchester City, da Inglaterra. Dessa maneira, ter o auxiliar desse treinador no Brasil é, para muitos, uma oportunidade para aprender conceitos que são trabalhados exaustivamente na Europa, mas que não chegam ao Brasil.
“CRUYFFISMO”
Um deles é o “cruyffismo”, inspirado no método de jogo do ídolo holandês e um dos maiores jogadores da história do futebol mundial, Johan Cruyff. Essa é a avaliação do jornalista Joaquim Piera, correspondente no Brasil do jornal espanhol ‘Sport'. Torrent, que assinou até dezembro de 2021, começou sua fase rubro-negra pedindo “tempo” para implementar “o estilo”.
“Quando você chega a um clube da grandeza do Flamengo tem que vencer, vencer e vencer, mas, para mim, como você faz é importante, minha filosofia é jogar de forma ofensiva, de forma vitoriosa e bonita tanto no Maracaná quanto no exterior”, disse o treinador.
Segundo Piera, Torrent vai tentar implementar o mais rápido possível aquilo que aprendeu com Guardiola, que por sua vez é admirador das ideias de Cruyff:
“Minha ideia é que quando falam do Flamengo, todo mundo sabe como ele joga, independentemente de estar em casa ou fora. Pretendo melhorar a equipe e acho que em um mês veremos as mudanças, mas a ideia é fazer isso aos poucos respeitando o trabalho feito até agora”, disse.
SÓ O TEMPO DIRÁ…
Se vai dar certo ou não só o tempo dirá. Torrent assumiu um time acostumado com padrões europeus de jogo, como a linha alta e a pressão no campo do adversário. Jesus, no entanto, era um treinador mais participativo na beira do gramado e parecia ter uma sinergia maior com os jogadores, algo que o espanhol não mostrou até agora.
Em seus três jogos, com duas derrotas e uma vitória, Torrent ficou em pé na beira do gramado e não teve atitudes enérgicas. Além disso, parece gostar de mudar o time com mais frequência e apostar em jogadores que não estavam sendo utilizados com frequência, como o atacante Vitinho. O resultado desse novo estilo ainda precisa ser avaliado. Até o momento, a torcida
do Flamengo ainda sonha com Jorge Jesus.
Foto destaque: Reprodução/Alexandre Vidal/CRF


