O roteiro do Palmeiras nas quartas de final da Libertadores da América 2022, parecia um filme de terror. Diante de um Atlético-MG focado, como há muito não se via, o Palestra flertou com a eliminação já neste primeiro jogo.
Antes de mais nada, o Palmeiras fez um primeiro tempo deplorável do ponto de vista ofensivo. Sem conseguir passar do meio de campo em boa parte da peleja, a equipe de Abel Ferreira, teve que suportar a pressão mandante.
Parte disso se dá pelo fato do Atlético estar motivado e com um trabalho de preparação para o jogo muito bem feito. O encaixe individual de marcação dos mineiros tirou o Verdão do jogo.
Otávio e Jair combatiam Raphael Veiga e Zé Rafael. Quando não podiam retomar a bola, paravam qualquer tentativa de ataque rival com faltas.
E foram muitas faltas. Ao todo, 23. Aliás, expediente adotado há muito tempo pelo Galo quando enfrenta o Verdão, sempre contando com a complacente arbitragem.
Primeiro tempo do Palmeiras foi ridículo
O Palmeiras fez uma das suas piores atuações recentes no primeiro tempo do jogo no Mineirão. Sofrer 14 finalizações é sinal de alerta para qualquer time, sobretudo para o Palmeiras de Abel Ferreira.
Marcos Rocha foi engolido por Keno. Além disso, Dudu pouco produzia. Outrossim, Scarpa era o melhor jogador do verde na primeira etapa.
Por fim, depois de tanto sofrer, o castigo veio com um pênalti infantil de Marcos Rocha em Jair. Hulk bateu e fez o primeiro gol da partida já nos acréscimos.
Segundo tempo do Verdão foi de resiliência
Entretanto, se o intervalo do jogo trouxe ao torcedor palmeirense a expectativa de uma virada, ela se esvaiu logo no primeiro ataque do rival.
Keno, mais uma vez, superou Marcos Rocha e cruzou para trás. Murilo acabou desviando e fazendo gol contra. A goleada se anunciava e o Verdão padecia em Belo Horizonte.
Entretanto, a resiliência do bicampeão se fez presente. Após flertar com o desastre, o Palmeiras mudou a partir da mudança de posição de Gustavo Scarpa, que foi deslocado da esquerda para a direita do ataque.
Foi dele o chute na trave que Murilo aproveitou e diminuiu. O Atlético-MG sentiu o gol e recuou. O Palestra avançou.
A torcida visitante empurrava. Dudu perdeu chance clara, mas nos acréscimos, serviu Danilo, que fez o gol do empate heroico.
O Palmeiras está vivo, muito mais pela resiliência, que pelo futebol apresentado. Roteiro parecido ao da final do Campeonato Paulista, no Morumbi. Resta saber se o final será igual ao que se viu contra o São Paulo, no Allianz Parque.
Foto Destaque: Cesar Greco/Palmeiras