O futebol esta no sangue, não há como negar

Fica difícil deixar de lado o sonho de ser um jogador profissional. É o sonho que virou realidade para a jovem Vitória Kristine.

Aluna de balé no mesmo clube onde o irmão jogava futebol, a jovem ao assistir os treinos começou a pegar gosto pela coisa e resolveu estrear numa turma de futebol com uma equipe masculina. “Não tinha time feminino onde eu moro” diz a moça que está com 18 anos.

Vitória faz jus ao nome e desde cedo teve que lutar muito para vencer as barreiras que dificultam a permanência de mulheres nesse esporte, ela começou a jogar aos sete anos, “nessa idade já jogava com meninos de 10 anos. Muitas vezes era discriminada pelas pessoas. As mães dos garotos mandavam eles puxarem meus cabelos durante os jogos”, disse a jovem.

Como o mundo do futebol visivelmente é para homens, a moça entrou na justiça para poder participar de um dos campeonatos. Ela conta que havia um time do qual eles sempre ganhavam, “e eles não queriam me deixar disputar o torneio por se mulher.” Com o processo judicial a equipe da qual ela participava ganhou o jogo devido a desclassificação do adversário, com a alegação de discriminação.

Com todas essas barreiras, a atacante do Minas/Icesp já estava desiludida com o esporte que poderia lhe proporcionar, até receber uma convocação para representar a seleção brasileira Sub- 20, recompensando o sonho de infância.

A jogadora traz no currículo três convocações para atuar pela seleção. A primeira para a sub-15, a segunda pela sub-17 e a terceira pela sub-20. Atuando como profissional desde os 12 anos, as bolsas de estudo são frequentes na vida da atleta.

A nova chance na seleção de base trouxe um gás a mais para a carreira de Vitória. Atingir o nível das grandes jogadoras como Marta, Cristiane e outras craques da seleção é vista como uma meta para ela que deseja “ficar muitos anos na seleção, como a Marta. Quero ser uma inspiração para outras pessoas também”, disse a jovem.

Vitória está prestes a iniciar a faculdade de fisioterapia dentro da faculdade que patrocina o time candango: “O futebol me traz benefícios que eu não conseguiria se não fosse pelo esporte”.

Apesar das adversidades, ela percebe o crescimento do futebol feminino. A jogadora vê nesse esporte seu principal meio para dar um futuro melhor para si e apara a família. Atualmente o Minas/Icesp, disputa a Campeonato Candango Feminino e é o líder da competição com duas vitórias em dois jogos. A jogadora é artilheira do torneio com quatro gols.

Redação FNV

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