O jogador Nenê, de 37 anos, foi de titular e quase ídolo a banco e negociável no período de um ano. Há mais de um semestre era destaque nas redes do São Paulo e uma das referências do clube, que parecia ter forças para uma briga pelo título do Brasileirão. Atualmente o meia treina sozinho no CT da Barra Funda, enquanto o Tricolor está em Cotia, treinando para o segundo semestre. Assim, o veterano aguarda a proposta de outros clubes, já que está fora dos planos de Cuca. Embora seja o líder de assistências do elenco, dando cinco passes a gol em 2019, esteve presente em apenas 18 jogos e marcou um gol. Entretanto, só em cinco dessas partidas atuou como titular. E o único gol do ano foi em partida pelo torneio amistoso da Flórida Cup.
A BOA FASE DE NENÊ
Apesar de o Brasileirão estar em pausa por conta da Copa América, ano passado o campeonato também estava parado. Era ano de Copa do Mundo. O São Paulo estava embalado e com quatro vitórias em seis jogos. Na ocasião, tinham os destaques de Nenê e de Diego Souza, que atuava no ataque. Nessas quatro vitórias, Nenê marcou dois gols nos 3 x 1 sobre o América-MG. Mais um no 3 x 2 em cima do Botafogo. Outro no 1 x 0 sobre o Athletico-PR e mais dois no 3 x 0 sobre o Vitória, jogo que garantiu o São Paulo no G4 na pausa.
Embora tenha tido um começo difícil com Dorival Júnior, foi com a chegada de Aguirre que conseguiu embalar e quase virar ídolo da torcida são paulina. Especialmente depois da semifinal do Paulistão, onde marcou o gol da vitória sob o Corinthians. Desse momento em diante era difícil ver uma formação que não contasse com o jogador. Mas, nesse tempo, trocou a camisa 7 pela 10 que era de Cueva, pós-Copa do Mundo, e, com isso, ganhou o slogan de “chapada do Nenê”, que foi dado por Reinaldo. Desta forma, chegou a estampar copo vendido no Morumbi e parecia que Nenê viraria ídolo. Chegou a declarar ao Lance que não se via vestindo outra camisa, que ainda tinha muito o que viver no São Paulo e que encerraria a carreira no clube.
https://twitter.com/Nene10/status/1023380063570550787
A DERROCADA DO MEIA
Apesar de toda a idolatria, das estampas e declarações, na volta do Brasileirão ano passado, o São Paulo teve uma queda de 1º para o 5º lugar. A partir disso, Nenê deixou de render boas notícias. E começaram as polêmicas. A maior veio depois do empate em 2 x 2 com o Flamengo, em novembro, no Morumbi. O meia ficou no banco durante os 90 minutos da partida e deixou o estádio pouco antes do apito final, demonstrando sua irritação com Diego Aguirre. Foi escalado por André Jardine, como titular, depois da demissão de Aguirre. Isso não acontecia nos últimos quatro jogos sob o comando do ex-técnico. Mas sua substituição veio aos 27 minutos do 2º tempo e saiu sob vaias da torcida. Além de perder um pênalti no penúltimo jogo da temporada, no 0 x 0 contra o Sport.
O FUTURO DE NENÊ
Os motivos para deixar de ser tido como ídolo foram vários. O futuro do meia é incerto. Alguns times já mostraram interesse, mas foram afastados pelo alto salário, são eles: Fortaleza, Goiás e Fluminense. Mas, segundo Raí, diretor de futebol, existe proposta do exterior por Nenê.
