Eles não metem a marra por causa dos carrões que dirigem. Nem por causa das lindas mulheres com quem se casam ou se relacionam. A essência da marra está no domínio da bola. Tá lá naquele passe na esquerda enquanto se olha para a direita. Não é por causa dos milhões de seguidores fiéis nas redes sociais. A magnitude destes caras está nos gols abusivos. Aquelas comemorações irônicas. A sede por perturbar a zaga de todas as maneiras possíveis. Não dá pra sair de uma partida sem abalar o psicológico dos marcadores. Um lance comum pode virar obra de arte a qualquer momento. Mas somente nos pés deles. Os diferenciados.
Quem são estes? Vocês sabem bem, os inesquecíveis marrentos.
Não se pode traçar um ranking justo. Marra é questão interpretativa. No nosso Brasil já tivemos especialistas no assunto. Quem melhor do que o hoje senador Romário? São inúmeros episódios de língua e pés afiadíssimos. Matava a cobra e mostrava o pau. E o Edmundo animal? Rebolava na linha de fundo com a bola dominada. Tiravam onda como ninguém. Haja tempo bom!
Na gringa temos bons nomes em atividade. Já ouviram falar de um sueco chamado Zlatan Ibrahimović? Eu aposto que já, e a mala do cara é pouca não? Cristiano Ronaldo dispensa comentários, marrento é apenas apelido. Temos também outro brasileiro em solo europeu, camisa 11 do Barcelona. Esse daí já deu mostras que merece lugar de honra no seleto grupo. Afinal joga fácil né?
A questão é bem simples. Por mais que sejam criticados e as vezes perseguidos. São eles os heróis da parada. Você pode até pensar “esse cara é um baita folgado”, mas na hora que a rede estufa não tem jeito. Os bad boys são muito bons ao protagonizar o futebol.
E não falo aqui de caráter, mas sim da personalidade demonstrada através da prática do esporte. Convenhamos, a gente sempre acaba torcendo por um deles justamente por isso.