Jair Pereira da Silva, mais conhecido apenas como Jair Pereira, nasceu dia 29 de maio de 1946, no Rio de Janeiro. De antemão, é um ex-futebolista que atuava como vem homenagear o aniversariante do dia por sua incansável dedicação ao mundo futebolístico.
Casado com dona Idalina, pai de duas filhas, Andréa e Cláudia e avô de duas netas, Carolina e Lívia, Jair sempre fora altamente carinhoso com todos que o cercam. Dessa forma, todo seu afeto e atenção dentro de campo, partia de um principio que já era idealizado dentro de casa com sua família.
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JAIR PEREIRA: O REI DA RESENHA
Antes de mais nada, considerado o rei da resenha no futebol, Jair sempre se destacou. Não somente por sua inteligência e capacidade de analisar as jogadas, mas por seu carisma dentro de campo. Tanto como jogador, como atuando na parte técnica. Altamente respeitado, marcou a vida de todos pelos clubes em que passou.
Quando jogador, Jair Pereira tornou-se respeitado no futebol carioca, onde atuou em clubes como Flamengo, Vasco e Madureira. Desse modo, foi revelado nas categorias de base do Madureira. Contudo, destacou-se jogando como meia, o que acabou chamando a atenção dos grandes times do Rio de Janeiro. Nesse sentido, Luiz Roberto Veiga Brito, que na época estava à frente no Flamengo, não perdeu tempo e antecipou-se aos rivais e em 1967, quando Jair tinha apenas 20 anos de idade, acabou sendo contratado para formar o time rubro-negro.
Posteriormente ao Flamengo, Jair Pereira defendeu o Bonsucesso, de 1969 a 1972, e foi emprestado duas vezes antes de ser contratado pelo Vasco da Gama, nos quais foram: Olaria, em 1972, e Santa Cruz, em 1973. Em São Januário, Jair Pereira ganhou projeção e chegou a fazer parte do elenco vencedor do Campeonato Carioca de 1977. O Vasco, que tinha Roberto Dinamite, derrotou, nos pênaltis, o Flamengo de Zico. Já em 1978, o jogador foi para o Bangu, do então dirigente Castor de Andrade. Como já era formado em Educação Física, Jair Pereira resolveu pendurar as chuteiras e tentar a sorte como treinador.
SUA VIDA DE TREINADOR
Quando se aposentou dos gramados, Jair graduou-se em Educação Física pela Faculdade Castelo Branco. Apesar de ter sido um jogador que é bem visto até os dias atuais, foi como treinador que vieram as grandes conquistas. Comandou os times do Cruzeiro, campeão da Supercopa Libertadores em 1992, e do Flamengo, na conquista da Copa do Brasil, em 1990. Também conquistou títulos estaduais no Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Ceará.
Sempre à frente de clubes tradicionais como Corinthians, Vasco da Gama, América-MG, Atlético-MG, Paysandu e Fortaleza. Assim também, seu primeiro importante trabalho como técnico foi no Campo Grande (RJ), dirigindo com sucesso a equipe que disputou a Taça de Prata de 1981.
Ajudou a Seleção Sub-20 a ser campeão Mundial e revelou grandes nomes como: Gilmar Popoca, Bebeto e Paulinho Carioca. Além é claro, do baixinho Romário. Em 1985 teve uma rápida passagem pela Arábia Saudita, depois treinou o Cruzeiro e posteriormente o Corinthians, levando a equipe à conquista do Campeonato Paulista de 1988.
O ABORRECIMENTO DE JAIR PEREIRA COM O OSTRACISMO
Desde 2009, quando comandou o Itumbiara-GO, seu último clube. O técnico mantem a rotina que fez dele um estudioso do futebol. Assiste a mais de 20 jogos por semana, estuda táticas e diverte-se simulando substituições. Porém, não esconde a preocupação com os rumos do futebol brasileiro.
“Está faltando alegria. A maior preocupação dos técnicos é não perder o emprego. Ninguém joga para ganhar. Hoje a gente não vê nem tabela. Pior, temos poucos atacantes. A solução é a base, mas para isso tem que ter técnicos que valorizem a garotada”
Mesmo tendo dirigido alguns dos maiores clubes do futebol brasileiro e conquistado dezenas de títulos, a carreira de Jair Pereira entrou em declínio no fim dos anos 90. E apesar do longo período fora dos campos, Jair não se esmorece ou faz corpo mole:
“Sempre achei que a gente tem que vencer pela própria capacidade. Continuo o meu trabalho baseado na honestidade e na amizade”
Jair Pereira é um profundo conhecedor do futebol brasileiro e um apaixonado pelo ofício de treinador. Dessa forma, o Futebol na veia se orgulha em homenagear quem faz a diferença no mundo do futebol. Felicidades, Jair! Obrigada por tantos ensinamentos.
Foto Destaque: Reprodução/André Durão/O Globo