Nesta terça-feira (5), a coluna Parabéns ao Craque retorna para homenagear um dos ídolos recentes do Sport Club do Recife: Daniel Paulista. Isso porque, o ex-jogador e atual técnico do Leão da Ilha comemora mais um ano de vida. Dessa forma, como seu nome indica, o craque é natural de São Paulo, mas foi em Pernambuco que ganhou projeção e onde viveu suas maiores alegrias no futebol. Atualmente, tem a missão de reerguer o Rubro-Negro que, mesmo após voltar a Série A em 2019, os maus resultados do começo da temporada.
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O INÍCIO EM SÃO PAULO
Assim, Daniel Pollo Barion nasceu em 5 de maio de 1982, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Logo, começou a carreira no Comercial-SP, em 2002, e dois anos depois integrou o elenco do Santos que foi campeão paulista e brasileiro de 2004. Após, perambulou por clubes menores do estado até que o então técnico Emerson Leão viu-o jogar pelo São Caetano e levou-o para o Corinthians, em 2007.
No Timão, Daniel Paulista se destacou como um dos principais jogadores da equipe durante o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil daquele ano. No entanto, uma lesão afastou-o dos gramados por um bom tempo. Assim, quando estava prestes a retornar para o campo, foi emprestado ao Náutico para o restante do Campeonato Brasileiro da Série A de 2007. Uma transferência que mudaria a trajetória de sua carreira.
EM PERNAMBUCO, TÍTULOS E MARCADO NA HISTÓRIA
Pois, foi no Náutico que teve seu primeiro grande momento ao se adaptar, rapidamente, ao estilo de jogo do clube. Assim, como capitão do Timbu, foi um dos pilares da recuperação do Alvirrubro na Série A, ao lado do atacante uruguaio Acosta. Ao final da temporada, era natural que voltasse ao Corinthians, devido aos bons jogos. No entanto, preferiu seguir em Pernambuco e se transferiu para o rival Sport.
E no Leão encontrou espaço para ser ídolo. Isso porque, foi um dos grandes responsáveis pela conquista da Copa do Brasil de 2008, tendo marcado um dos gols no jogo de ida da semifinal contra o Vasco. Ao lado de Sandro Goiano, formou uma das mais memoráveis duplas de volantes da história do Sport. Assim, forte na marcação, mas também sabendo sair para o jogo, Daniel Paulista caiu nas graças da torcida rubro-negra.
Desse modo, suas boas atuações levaram-no a ser negociado com o Rapid Bucareste, da Romênia, em uma transação que viabilizou a construção do CT do Sport. No entanto, com meses de salários atrasados na Europa, Daniel Paulista optou por voltar ao Leão e ficou no clube por mais três anos. Nesse período, ajudou na brilhante campanha na Libertadores, em 2009, e no acesso à Série A, em 2011, conquistando também títulos estaduais.
O FIM COMO JOGADOR
Após não renovar contrato com o Sport, Daniel Paulista atuou por Botafogo-SP, Comercial-SP e Audax-SP. No entanto, não conseguiu reeditar as boas exibições da época em Pernambuco. Em 2013, à pedido do então técnico Roberto Fernandes, que havia treinado-o no Náutico, foi contratado pelo ABC, de Natal. Assim, salvou o Alvinegro Potiguar do rebaixamento à Série C, em 2014. Mas, em seguida, foi dispensado e encerrou a carreira, precocemente, com 31 anos.
NO SPORT, UMA NOVA CHANCE, AGORA COMO TÉCNICO
Com a aposentadoria, Daniel Paulista recebeu o convite do Sport para fazer “estágio” como auxiliar-técnico do então treinador Eduardo Baptista, filho de Nelsinho Baptista, comandante da Copa do Brasil de 2008. Assim, trabalhou na função até outubro de 2016, quando assumiu, interinamente, o comando técnico do Leão após a saída de Oswaldo de Oliveira. No cargo, salvou o Rubro-Negro do rebaixamento à Série B.
Com o milagre realizado ao final do ano, Daniel Paulista foi efetivado como técnico para 2017. No entanto, mesmo com bons resultados e classificando o Sport em todos os campeonatos que disputava, o desempenho como time era contestado. Isso fez com que voltasse para a função de auxiliar após um empate no Clássico das Multidões contra o Santa Cruz.
Apesar disso, em um novo drama para se livrar do rebaixamento à Série B, Daniel Paulista foi novamente chamado para assumir o comando técnico na reta final do Brasileirão. Como predestinado, salvou, mais uma vez, o clube da queda, depois da demissão do treinador Vanderlei Luxemburgo. No entanto, para 2018, o Sport não apostou em seu nome e trouxe Nelsinho Baptista. Todavia, após a eclosão da crise financeira, os dois ídolos pediram para sair do clube.
CONFIANÇA PARA SEGUIR NA CARREIRA
Partindo para caminhos distintos, Daniel Paulista encontrou dificuldades para se afirmar como técnico. Assim, teve uma passagem rápida e apagada pelo Boa Esporte, em 2018. No ano seguinte, veio a redenção. Isso porque, no Confiança conseguiu espaço para trabalhar e desenvolver seu estilo de jogo.
Pelo clube sergipano, começou desacreditado após uma campanha ruim no estadual. Mas, implantando mudanças para o Brasileiro, conquistou, com o Dragão, o acesso à Série B, em 2019. Na atual temporada, liderava sua chave da Copa do Nordeste e caminhava para o título estadual quando veio a demissão de Guto Ferreira no Sport e o retorno à casa, como ele mesmo afirmou na coletiva de , em fevereiro deste ano.
UMA NOVA ESPERANÇA
Dessa forma, com uma história de altos e baixos, mas que se confunde também com a do próprio Sport Club do Recife, Daniel Paulista completa 38 anos neste dia. Logo, como um dos grandes jogadores imortalizados pela Copa do Brasil, tem a missão de trazer luz ao momento de nuvens negras no Leão. No entanto, assim como por dois momentos na Série A, o trabalho será árduo, mas a recompensa tende a vir ao final da temporada.
Foto destaque: Reprodução / Bobby Fabisak – JC Imagem / NE10