Nesta terça-feira (9), a coluna 3 analisa a forma que o Palmeiras de 2016 atuava. Assim, comandado por Cuca, o clube conquistou o Campeonato Brasileiro com muitos méritos. Dessa forma, um deles era o “Cucabol“. Dessa maneira, o comandante apostava nas jogadas aéreas em laterais e em jogadas ensaiadas. Além disso, Gabriel Jesus e Dudu comandavam o ataque do Verdão. Dessa maneira, o camisa 33 conquistou Tite e cavou seu lugar na Seleção Brasileira.
Índice
COMO O PALMEIRAS DEFENDIA?
O Palmeiras possuía um sistema defensivo muito seguro. Assim, Jean e Zé Roberto mandavam nas laterais. Já no miolo da zaga, uma dupla que a torcida palmeirense sente falta, as “Torres Gêmeas” Vitor Hugo e Yerry Mina. À frente dos defensores, para proteger o setor, Gabriel era o “Pitbull“. Dessa maneira, o volante encobria as costas de Zé quando o veterano subia ao ataque. Da mesma forma quando o Palmeiras era atacado pelo lado direito.
Ao longo do Brasileirão, Gabriel se lesionou e teve de deixar a equipe. Desse modo, Thiago Santos assumiu a vaga deixada pelo ex-botafoguense. Entretanto, o recém-contratado do América-MG não possuía a confiança da torcida. Muitos palmeirenses achavam o jogador incapacitado de render como o camisa 18 rendia. Diante disso, o volante calou todos os críticos e assumiu com responsabilidade a posição.
Jogadores ofensivos também recompunham a marcação. Assim, pelos lados de campo, Dudu e Roger Guedes acompanhavam os laterais adversários até o final. Dessa maneira, com a roubada de bola, Moisés tinha liberdade para construir as jogadas de ataque.
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COMO O ALVIVERDE ATACAVA?
Assim como defensivamente, o Palmeiras atacava em um 4-3-3 clássico. Dessa forma, Tchê Tchê se movimentava a todo instante para a fazer a transição entre a defesa e o ataque .Assim, Zé Roberto e Jean tinham liberdade para aproveitar os corredores pelos lados de campo. Além deles, Dudu tinha liberdade para flutuar, e, assim, ajudar os meio-campistas nas construções de jogadas.
Centroavante, Gabriel Jesus não ficava entre os defensores adversários. Dessa forma, o camisa 33 se movimentava, criando espaços para a infiltração dos jogadores de meio de campo. Além dele, Roger Guedes tinha um papel fundamental com suas jogadas individuais. Assim, o atacante enfrentava os seus adversários, conduzindo a bola à linha de fundo e cruzando para seus companheiros dentro da área.
A bola parada era a marca registrada daquela equipe. Assim, o clube investia nos laterais longos, carinhosamente apelidado pela torcida de “Cucabol“. Dessa maneira, Moisés se candidatava a cobrar na área. Dessa forma, um dos zagueiros subiam ao ataque e dava a famosa “casquinha” na bola. Com isso, desconcertava a marcação adversária e deixava um jogador livre para empurrar a bola para o fundo das redes.
Entretanto, o “Cucabol” não era o único repertório do Verdão. Assim, a equipe dava aula em jogadas ensaiadas. Dessa maneira, o gol de Fabiano, que sagrou o Palmeiras campeão diante da Chapecoense, foi decorrente das obras de Cuca. O Alviverde fazia triangulações em suas cobranças de faltas, desconcertando a marcação adversária e deixando três jogadores, no mínimo, cara a cara com o gol.
HERÓL IMPROVÁVEL
Ídolo do clube, Fernando Prass vivia um grande momento debaixo das traves do Palmeiras. Assim, Rogério Micale convocou o goleiro para defender as cores do Brasil nas Olímpiadas de 2016. Dessa maneira, o arqueiro seria um dos líderes do elenco que, conquistaria mais tarde, a primeira medalha olímpica da história do futebol brasileiro.
Entretanto, uma lesão no cotovelo tirou Prass da Seleção Brasileira e do Palmeiras. Pela Amarelinha, Weverton foi convocado no lugar do carioca. Mas e no Verdão? Quem substituiria o ídolo palmeirense e o grande líder daquela equipe? E foi assim que iniciou a linda história de Jailson com a camisa Alviverde.
Contratado junto ao Ceará em 2014, o arqueiro obtinha apenas um jogo pelo Verdão até então. Assim, o paulista foi escolhido por Cuca para substituir Fernando, após más atuações de Vagner. Então, “Jailsão da Massa“, apelidado pelos palmeirenses, conquistou o coração de todos. Em 19 partidas, o goleiro não perdeu nenhuma. Ao todo, foram 14 vitórias e cinco empates.
Após excelentes atuações com a camisa do Verdão, nada mais justo do que uma linda homenagem, tanto para Jailson, quanto para Fernando Prass. Assim, no jogo que consagrou o Alviverde como campeão, Prass já havia se recuperado de lesão e ocupava o banco de reservas da equipe. Dessa maneira, Cuca substituiu Jailsão por Fernando. Com isso, o camisa 49 foi aplaudido de pé diante de um Allianz Parque lotado. Além disso, foi abraçado por seus companheiros ao sair do gramado. Com toda certeza, um dos momentos que estão marcados no coração de todos palmeirenses.
Você ajudou o Jailson a chegar nessa bola! Com ele no gol não perdemos mais e com defesas como essa entendemos o porquê. pic.twitter.com/27m3J0PhZw
— SE Palmeiras (@Palmeiras) November 27, 2016
PALMEIRAS CAMPEÃO COM MÉRITOS
Campeão, o Palmeiras foi destaque em vários aspectos. Assim, o Verdão obteve o melhor ataque da competição, com 62 gols marcados. Além disso, possuiu a melhor defesa, sofrendo apenas 32 tentos. Tendo um elenco em que todos foram essenciais para a conquista do título, oito atletas do Alviverde estiveram na seleção do Brasileirão de 2016. Por fim, o clube paulista não teve nenhum jogador expulso ao longo da campanha.
Foto Destaque: Reprodução/Getty Images