A história das mascotes dos clubes brasileiros
De galo a leão. O Gol de Canela F.C. explica como alguns clubes brasileiros escolheram as suas mascotes.
Atlético Mineiro – Galo
A figura do Galo como mascote do Atlético Mineiro foi criada pelo cartunista Fernando ‘Mangabeira' Pierucetti no final dos anos 30. A ideia dele era criar um animal-símbolo para a bravura da equipe.
Atlético Paranaense – Cartola
O Atlético Paranaense é conhecido como “furação”. O apelido surgiu por acaso, em 1949, por causa das inúmeras goleadas que a equipe aplicava nesta época. Porém, a mascote oficial do clube é o cartola, uma alusão aos primeiros torcedores do clube, que na época faziam parte da elite paranaense, como políticos e empresários.
Avaí – Leão
A mascote do Avaí surgiu na década de 50, quando o locutor Olímpio, famoso na época em Florianópolis, exaltou a bravura da equipe como a de um leão.
Bahia – Homem de aço
Conhecido como “Tricolor de Aço” ou “Esquadrão de Aço, a mascote do Bahia é um homem de aço, criado pelo cartunista Ziraldo, em 1979. O traje vestido pela mascote é muito semelhante ao traje do Super-Homem original, que partilha as cores do time.
Botafogo – Manequinho, Pato Donald e Biriba
O Botafogo adota algumas mascotes para o clube. O primeiro é o Manequinho, nome da estátua que fica em frente à sede de General Severiano. A imagem passou a ser relacionado ao alvinegro após o título carioca de 1957, quando torcedores vestiram uma camisa do Botafogo e colocaram faixas de campeão na estátua. Antes do Manequinho, a torcida adotava o Pato Donald, personagem da Disney era famoso por reclamar bastante, cobrando seus direitos, uma marca dos botafoguenses.
Outra mascote que caiu no gosto alvinegro é o cachorro Biriba. Sua origem está no mandato do supersticioso presidente botafoguense Carlito Rocha que levava o vira-latas a todas as partidas do Botafogo no Campeonato Carioca de 1948.
Chapecoense – Índio Condá
A Chapecoense tem como sua mascote a figura de um índio guerreiro, o mesmo que empresta o nome para a Arena Índio Condá. Conta a história que o verdadeiro cacique Victorino Condá exerceu um papel importante na manutenção da ordem das aldeias no sul do país.
Corinthians – Mosqueteiro
Existem algumas histórias sobre a adoção do personagem mosqueteiro como símbolo do Corinthians. Porém, a versão adotada pelo clube e por alguns historiadores é que a utilização do mosqueteiro surgiu em 1929, quando o Corinthians venceu o Barracas (Argentina), por 3 a 1. Empolgado com o triunfo, o jornalista Tomás Mazzoni, do jornal ‘A Gazeta', escreveu que o Corinthians venceu aquela partida com “fibra de mosqueteiro”.
Coritiba – Vovô Coxa
O time do Coritiba é representado por um simpático velhinho de descendência alemã, carinhosamente chamado de “Vovô Coxa” em homenagem ao fotógrafo e torcedor do clube Max Kopf.
Cruzeiro – Raposa
A raposa do Cruzeiro também foi uma criação do cartunista Fernando ‘Mangabeira' Pierucetti, em 1945. A inspiração do artista veio do ex-presidente do clube, Mário Grosso, conhecido por ser astuto na contratação de jogadores que eram pretendidos pelo Atlético Mineiro. Outro fato considerado é de que a raposa é um animal que se alimenta de galináceos, uma clara alusão ao rival.
Figuerense – Furacão
A origem do furacão como mascote é o próprio hino do clube, criado nos anos 70. Um verso destaca: “Avante, Figueirense! Para frente, Furacão!”
Flamengo – Urubu
A primeira mascote do Flamengo foi o marinheiro Popeye, personagem de quadrinhos na década de 1940. Já o urubu, segundo o site do clube, surgiu no início dos anos 60 em cânticos racistas das torcidas rivais.
O apelido nunca foi bem recebido, porém, em 31 de maio de 1969, um grupo de torcedores rubro-negros decidiu subverter a provocação e levar um urubu para o Maracanã no dia de um Flamengo x Botafogo. A ave foi solta, voou sobre com uma bandeira do Flamengo presa ao corpo e pousou no gramado antes do jogo começar. Foi o bastante para a torcida fazer a festa, vibrar e gritar: “é urubu, é urubu!”.
Fluminense – Cartola
Idealizado pelo artista argentino Lorenzo Mollas, o cartola surgiu como mascote do clube para simbolizar os fundadores do clube: os aristocratas cariocas.
Grêmio – Mosqueteiro
Em 1946, o chargista Pompeo, que desenhava para o jornal Folha da Tarde, criou o personagem do Mosqueteiro para o Grêmio. A opção do artista era representar a bravura do clube com o personagem.
Internacional – Saci
Para identificar o Inter como um clube do povo surgiu, na década de 50, a figura do Negrinho, um personagem cheio de ironia e malandragem. Com o tempo, o Negrinho acabou virando o Saci, aquele que gosta de armar ciladas contra as pessoas, como uma analogia ao que o Internacional faria nos campos de futebol.
Náutico – Timbu
O timbu, também conhecido como gambá-de-orelha-branca, foi a mascote escolhida para o Náutico. A história mais conhecida para essa escolha foi em 1934. Durante o intervalo de uma partida contra o América-PE, o então técnico do Náutico, Joaquim Loureiro, decidiu oferecer um pouco de conhaque a cada um dos seus jogadores.
A torcida adversária, ao ver a cena, teria provocados os jogadores, gritando que eles eram timbus, animal tem fama de apreciar bebida alcoólica. O Náutico venceu por 3×1 e, em resposta, os jogadores do Náutico teriam corrido para o alambrado do adversário e gritado: “Timbu 3×1! Timbu 3×1!
Palmeiras – Porco
A mascote oficial do Palmeiras era o periquito, criado quando o então Palestra Itália passou a jogar todo de verde, em 1917. Já a figura do porco surgiu presente em ofensas vindas de corintianos, de forma pejorativa, nos anos 60.
Tudo começou quando dois jogadores do Corinthians morreram em um acidente de carro. Para inscrever novo atletas no Campeonato Paulista, a equipe alvinegra precisava do aval unânime de todos os outros clubes participantes do torneio. Porém, os palmeirenses foram os únicos a não concordar com a inclusão, o que gerou a revolta dos corintianos.
Após anos de ofensas, João Roberto Gobbato, então diretor de marketing do clube, lançou a ideia de assumir o porco em 1986. A medida visava desarmar os rivais. A “oficialização” da mascote aconteceu quando o meia Jorginho posou com um filhote de porco no colo para a capa da revista Placar daquele ano.
Ponte Preta – Macaca
A Macaca é motivo de grande orgulho para a Ponte Preta. A escolha ressalta fatos históricos envolvendo a Ponte Preta, como “A Primeira Democracia Racial”.
Santa Cruz – Cobra coral
A escolha do Santa Cruz em adotar a Cobra Coral como mascote foi feita devido a semelhança das cores do clube com as listras do animal.
Santos – Peixe
O Santos é outro time que “ganhou” uma mascote por conta de gozações de um rival. Tudo começou quando torcedores do São Paulo da Floresta, em 1933, provocaram os santistas em plena Vila Belmiro, chamando-os de ‘peixeiros', pela origem litorânea santista. Na ocasião, os santistas responderam que eram ‘peixeiros com muito orgulho' e o símbolo acabou sendo adotado, com direito a variações.
São Paulo – “Santo Paulo”
Criada na década de 1940 por um cartunista do jornal A Gazeta Esportiva, a imagem do santo agradou a todos os são-paulinos, permanecendo até hoje como mascote oficial do clube.
Sport – Leão
Em 1919, o Sport realizou sua primeira excursão para a Belém para disputar o Troféu Leão do Norte contra a seleção do Pará e um combinado entre as equipes do Remo e do Paysandu. Para surpresa dos paraenses, o time pernambucano sagrou-se campeão e logo surgiu a ideia de adotar o Leão como símbolo e mascote do clube.
Vasco da Gama – Almirante e Bacalhau
O Vasco tinha como símbolo o Almirante, em homenagem ao navegador português que lhe emprestou o nome. A partir dos anos 40, surgiu também a figura do comerciante português de tamancos e camisa do clube. O apelido Bacalhau – criado pelo cartunista Henfil no Jornal dos Sports, nos anos 60, também caiu no gosto da galera.
Vitória – Leão
O leão foi escolhido como mascote do clube em 1902. O animal, símbolo da nobreza, saiu das casas dos fundadores, onde ornamentava as entradas, para representar o clube como símbolo. O leão imperial, com traços de força e realeza, foi uma criação do publicitário baiano Nizan Guanaes.