Guilherme Bellintani, o presidente arrogante e fracassado

Quando o Esporte Clube Bahia voltou à elite em 2017, se projetou como um time organizado. Assim, muitas expectativas foram criadas em torno dos anos subsequentes. O antigo presidente, Marcelo Sant’Ana, havia desistido da reeleição, e uma nova chapa surgiu no mesmo grupo político. De fato, as pessoas se animaram com a ideia de continuidade no Esquadrão. Porém, o novo mandatário, Guilherme Bellintani, junto com sua equipe, jogou tudo por água abaixo. Este é o assunto de hoje na coluna .

A esperança

O fim do ciclo presidencial de Marcelo Sant’Ana, em 2017, levou muita esperança à torcida do Bahia. A saber, o clube havia conseguido o acesso no ano anterior, e o título da Copa do Nordeste sobre o rival Sport. Além disso, as dificuldades no Brasileirão já estavam no pensamento da maioria, mas a equipe conseguiu alcançar os objetivos. Inclusive, conquistou uma vaga na Sul-Americana, que também serviu para coroar a reconstrução.

Portanto, o dirigente havia assumido o Bahia em 2015 com uma situação financeira desastrosa. A saber, o time não tinha nem patrocinador máster. Bem como, o clube tinha dinheiro bloqueado pela justiça. Porém, no fim do mandato, o cenário era de viabilidade, e com um elenco forte, que estava comprometido com os objetivos do Esquadrão.

Guilherme Bellintani: a volta da era das trevas

O ano de 2018 entrou já com Guilherme Bellintani eleito após desistência de Marcelo Sant’Ana. A saber, o novo presidente se mostrou uma pessoa ponderada, que buscava sempre o diálogo. Além disso, no começo ele apostou na continuidade do trabalho que vinha dando certo. Aliás, em 2019, o Bahia se destacou como um clube que lutava por pautas sociais, muito pela influência do mandatário.

No entanto, em campo, o time só colecionou derrotas e fracassos sob seu comando. Aliás, teve até um tri-Baiano, que ele trata como uma Copa do Mundo, e uma Copa do Nordeste que já veio no seu segundo mandato. Mas, se for citar alguns vexames que o Bahia teve nesse tempo, podemos verificar:

  • 2018: perda da Copa do Nordeste para o Sampaio Corrêa
  • 2019: eliminação na primeira fase da Copa do Nordeste; eliminação na primeira fase da Sul-Americana para o Liverpool-URU; patético segundo turno do Brasileirão
  • 2020: eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o River-PI; perda da Copa do Nordeste para o Ceará em casa; briga contra o rebaixamento
  • 2021: eliminação na primeira fase da Sul-Americana; eliminação vexatória no estadual para o Bahia de Feira; rebaixamento para a Série B.

Rebaixamento para a Série B

A arrogância de Guilherme Bellintani

Aliás, o rebaixamento à Segunda Divisão do Brasileirão não caiu de paraquedas no CT Evaristo de Macedo. É o resultado da péssima gestão de Guilherme Bellintani no Bahia. Principalmente, quando se fala de arrogância. O mandatário comete seus erros crassos no setor de futebol, e nunca tem a humildade de reconhecer e consertar. Um exemplo: a demissão super-atrasada do boa-praça/godozeiro Roger Machado, que não deveria nem ter continuado no clube para 2020.

Transferência de responsabilidade

Além disso, Guilherme Bellintani tem o grande defeito de querer transferir sua responsabilidade para outrem. Aliás, diversas vezes, em entrevistas, indicou que o declínio financeiro do Bahia é culpa do torcedor que não se associa. Mas, falando de forma insinuante.

Bem como, diversas vezes bradou em público que a culpa das derrotas eram da arbitragem e não da montagem de elenco. Além disso, em 2020 sugeriu que a CBF estava forçando o rebaixamento do Bahia para salvar o Vasco. Em 2021 também fez isso, quando insinuou que a entidade queria prejudicar o Tricolor para salvar o Grêmio. Bom, Bellintani, se você sabe de algum esquema de interferência em resultados, fale! Não fique apenas balbuciando.

“Em nenhum lugar do mundo eu vi um ser humano nascer com a mão no peito. E, para mim, houve não só erro, houve má-fé. Houve vontade de fazer equivocadamente procedimento”, disse ao contestar uma decisão da arbitragem.

Gestão de elenco

Por fim, não poderia ficar de fora o tema “contratações”. A saber, este é um dos maiores problemas de Guilherme Bellintani. O presidente não admite que errou em nenhuma delas. E pior, mantém no clube aqueles jogadores que já provaram não ter condições de performar, como o paraguaio Óscar Ruíz. Além disso, mudou totalmente o estilo de contratações do Bahia, e passou a trazer atletas que não respeitam a história da instituição, como RodriguinhoRossiJuninho Capixaba.

Não acredito que ele vai mudar. Este é o jeito de ser de Guilherme Bellintani. Além disso, é bem articulado politicamente, conquistando injustificáveis 86% dos voltos na última eleição. Bem como, os conselhos fiscal e deliberativo do Bahia é completamente alienado a ele, e as chamadas “assembleias do amém” em nada beneficiam o clube. O que resta ao torcedor é continuar torcendo e sofrendo, e rogando àquilo que se tem fé, para que o Tricolor da Boa Terra volte à Série A ainda em 2022.

Foto destaque: Divulgação / Felipe Oliveira / EC Bahia

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Caian Oliveira

Caian Oliveira

Minha paixão sempre foi o futebol. Mas, nunca sonhei em ser jogador. Não, meu sonho de moleque era levar o futebol às pessoas através da Comunicação. E aqui estou, realizando meu sonho.