Fluminense celebra 50 anos do primeiro título brasileiro

Há 50 anos o Fluminense comemorava a conquista do seu primeiro Campeonato Brasileiro. Nesta época, o campeonato ainda era chamado de Torneiro Roberto Gomes Pedrosa, apelidado de “Robertão”. Inclusive, este foi o último ano do torneio. Já que, no ano seguinte, o campeonato nacional se tornaria o Campeonato Brasileiro.

PRIMEIRA FASE

A competição contou com a participação de 17 clubes, divididos em dois grupos, um com oito times e o outro, com nove. Os adversários do Fluminense na primeira fase foram: Atlético-PR, Cruzeiro, Corinthians, Flamengo, Internacional, Ponte Preta, Santa Cruz e Vasco. A saber, os dois melhores de cada grupo decidiram o título em um quadrangular final, em turno único. O Tricolor alcançou a classificação em segundo lugar, com 20 pontos conquistados. Já que, em 16 jogos, foram oito vitórias, quatro empates e quatro derrotas.

QUADRANGULAR FINAL

Além do Fluminense, também chegaram nesta fase Palmeiras, Cruzeiro e Atlético Mineiro. Dessa forma, no quadrangular, o primeiro adversário do Fluminense foi o Palmeiras, em 13 de dezembro de 1970. Aliás, o venceu por 1 x 0, com gol de Adalberto Kretzer, mais conhecido como Mickey. Em seguida, o próximo adversário foi o Cruzeiro, no dia 16. O clube carioca venceu pelo mesmo placar da partida anterior. Posteriormente, em 20 de dezembro, o terceiro e último jogo foi contra o Atlético-MG. O duelo terminou empatado em 1 x 1 e deu ao Fluminense o primeiro título nacional. Destaque desta fase final, Mickey comentou sobre a conquista no site oficial do clube.

“Conquistamos a autoconfiança, o grupo todo. Quando o Atlético-MG empatou, ficamos muito preocupados, pois o time do Atlético era bom, mas foi alegria, festa, volta olímpica, é inexplicável. Eu era jovem, não tinha tanta experiência, é por isso que hoje sou Fluminense e agradeço ao Fluminense” disse Mickey.

Jogadores comemoram a conquista
Foto: Flu Memória

O DIABO LOURO

Outro destaque da equipe foi Samarone, que tinha como principal característica os chutes também chamados de “canhões de Samarone”, em referência ao filme do sucesso na época, “os canhões de Navarone”. O “Diabo Louro” também conquistou dois campeonatos cariocas com a equipe, em 1969 e 1971.

“A glória de ter sido campeão brasileiro no ano de 1970, no momento mais expressivo do futebol brasileiro de todas as épocas, é motivo de muito orgulho. Campeonato conquistado com grandes vitórias, como a que foi divisor e que nos embalou no campeonato, na vitória sobre o todo poderoso Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e cia, em uma das minhas melhores tardes no futebol. Leva-me a lembrar que tudo começou com minha chegada em 1965 aos 18 anos, momento de renovação de uma equipe campeã carioca no ano anterior, com uma boa parte de jogadores negociados e alguns tendo completado seu ciclo profissional” disse Samarone.

DADOS DA CAMPANHA

Na campanha vitoriosa do Tricolor, destaque para a goleada por 6 x 1 sobre a Ponte Preta, em 04 de novembro. A equipe também teve o vice-artilheiro da competição. O atacante Flávio, que balançou as redes 11 vezes durante a competição. Ao passo que a partida com maior público foi entre Fluminense x Atlético-MG. Realizada no Maracanã, registrou o público de 112.403 pagantes.

COMEMORAÇÃO

Para celebrar os 50 anos dessa conquista, as camisas de jogo recentemente lançadas pela Umbro receberam um selo comemorativo em referência ao primeiro título do tetra. O selo fica no canto inferior esquerdo da camisa.

Selo em homenagem ao título de 70
Foto: Flu Memória

JOGADORES E TÉCNICO CAMPEÕES DA COPA DO MUNDO DE 70

A edição do torneio ficou marcada como a única competição que contou com a participação de todos os jogadores brasileiros campeões de uma Copa do Mundo, que foi realizada no México. Inclusive, o técnico Zagallo também participou da competição no comando do Botafogo. Bem como, entre os jogadores do Fluminense, o goleiro Félix e o zagueiro Marco Antônio fizeram parte da seleção campeã do mundo daquele ano.

Foto destaque: Flu Memória

Jéssica Albuquerque

Jéssica Albuquerque

Formada em Letras, pela UFRJ, e em Jornalismo, pela FACHA. Amo ler, escrever e futebol. No jornalismo esportivo pude unir os três.