O Fluminense acolheu 13 jovens com idade entre 12 e 18 anos que estavam sendo mantidos em cárcere privado. Eles estavam em Duque de Caxias, na Região Metropolitana do Rio. A Polícia Civil fez uma operação nesta terça-feira (8) com o objetivo de libertar os meninos.
As investigações apontam o treinador e dono do sítio, Jorge Valnei dos Santos, como responsável pelos meninos. Os pais dos menores pagaram R$ 500 por família. Dessa forma, buscando serem testados por grandes clubes do Rio de Janeiro, os garotos eram vinham de vários estados como Alagoas, Paraná, Amazonas e Paraíba.
Flu acolhe jovens mantidos em cárcere privado em Xerém por estelionatário: https://t.co/V4oMuJfCsx pic.twitter.com/3nb5G5OsZQ
— NETFLU (@NETFLU) December 8, 2020
Jorge abrigou os meninos em um local sem nenhuma estrutura profissional. Ele não tinha autorização para funcionamento. Dessa forma, os meninos não podiam ter contato com familiares e amigos. Além disso, tiveram documentos e cartões bancários apreendidos. O delegado titular da 61ª DP (Xerém), Roberto Nunes, contou que os policiais perceberam que algo estava errado quando viram a porta trancada.
“Se acontecesse alguma coisa aqui dentro, eles não teriam para onde correr. Então, eles foram mantidos aqui sim, em cárcere”.
Assim sendo, Jorge foi preso em flagrante. Ele vai responder por crimes como supressão de documentos, cárcere privado e estelionato. Dessa maneira, o Fluminense se sensibilizou com a situação. A diretoria abrigou os jovens. O clube vai dar a chance de fazer testes a fim de buscar o sonho de se tornarem jogadores profissionais. Antes disso, eles vão fazer testes para Covid-19. Além disso, terão apoio psicológico.
Foto destaque: Divulgação/Fluminense