O Athletico Paranaense está na segunda final de Libertadores da América da sua história. O volante Fernandinho é o único atleta que fazia parte do elenco que perdeu a final de 2005 para o São Paulo.
O atleta, cria das categorias de base do Rubro-Negro, parece ter sido o escolhido para conduzir a equipe ao sonho do maior título do continente.
Contudo, se o Athletico já caminhava, como clube, para chegar em uma nova final continental, para Fernandinho a trajetória do Furacão nesta Libertadores é um recomeço.
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Fernandinho é injustiçado pela mídia e torcedores brasileiros
Fernandinho não é craque, mas é excelente jogador. Saiu do Brasil muito cedo, sem jogar em nenhuma equipe do eixo Rio-São Paulo e fez carreira na Europa.
Entre Shaktar Donetsk e Manchester City, o volante se fez conhecido e virou peça fundamental no esquema de Pep Guadiola, o melhor técnico do mundo.
Contudo, a distância da carreira de Fernandinho dos principais centros do Brasil e a ignorância do público médio sobre seu futebol, era um obstáculo a ser superado.
O jogador, que deveria ser muito mais reconhecido, nunca teve a grife de Casemiro e Paulinho. Natural, se pensarmos que o primeiro era um pilar do Real Madrid tricampeão da Champions, com passagem pelo São Paulo e o segundo, ídolo do Corinthians.
Fantasmas de 2014 e 2018 não podem rotular volante
Além disso, como se já não bastasse a falta de grife para o brasileiro médio, Fernandinho ainda teve azar quando representou o Brasil em Copa do Mundo.
Reserva de Luiz Gustavo em 2014, o volante jogou de titular no fatídico 7 a 1, protagonizando inclusive uma perda de bola crucial no vexame.
Já em 2018, o volante precisou substituir o suspenso Casemiro, contra a Bélgica. O gol contra e a opção de não fazer a falta em Lukaku, no segundo gol rival, fez com que o jogador ficasse rotulado como culpado do fracasso.
Fernandinho merece ganhar a Libertadores e calar os críticos
Entretanto, apesar de 2014 e 2018, Fernandinho sempre jogou bem por onde passou. O título da Libertadores, se acontecer, poderá servir para que críticos maldosos, se calem.
Ou, ao menos, servirá de reparação histórica para um jogador que em nenhuma hipótese poderia ser tratado como cabeça de bagre.
Foi dele o passe por elevação para o primeiro gol do Athletico no empate contra o Palmeiras, que garantiu a vaga na final.
Fernandinho merece mais respeito. O Athletico merece a Libertadores da América. Que os desejos convergentes se cumpram e que o atleta possa se aposentar em paz.
Foto Destaque: Fabio Menotti/Palmeiras
