Natural de Jardinópolis, no interior de São Paulo, João Igor, de 24 anos, começou a carreira nas equipes de base do Santos em 2012. Assim, pelo Peixe praiano, o volante passou por todas as categorias juvenis até ser emprestado ao Sport no início de 2019 por um contrato de um ano. Logo, no Leão, ganhou a titularidade nos primeiros jogos pelo .
No entanto, uma lesão muscular lhe afastou de algumas partidas na temporada passada. Assim, na volta, perdeu a titularidade que, atualmente, pertence a Willian Farias e Rithely. Apesar disso, após conquistar o Pernambucano e o acesso à Série A, até 2021.
Dessa forma, em meio a pandemia do novo coronavírus, João Igor voltou para Jardinópolis. Assim, de lá, conversou, com exclusividade, com o Futebol na Veia sobre sua trajetória no Leão da Ilha e comentou sobre o momento atual de paralisação das competições no futebol brasileiro.
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No Sport, você fez sua estreia como profissional. Como foi vir para Pernambuco, reencontrar e conhecer parte de sua família, que mora no estado, e estrear como profissional?
“Sou muito grato ao Sport por ter aberto as portas para mim. Ter confiado no meu trabalho e ter me dado a oportunidade como profissional. Foi lá que estreei, foi lá que fiz meu primeiro gol. Foi lá que eu realizei, praticamente, todos os meus sonhos. E Deus é tão bom, que pude reencontrar minha família, que eu nunca tinha conhecido, conheci lá. E eu já me sinto em casa. Sempre que tenho um tempinho, estou com eles. Nunca estou sozinho e isso me ajuda bastante dentro de campo também.”
Assim que chegou ao Sport foi logo titular, mas a lesão lhe tirou de campo e você fez apenas 15 jogos na Série B do ano passado, marcando um gol. Como foi viver as emoções de um acesso à Série A e a superação pela lesão?
“A gente sabe que campeonatos de alto nível é assim, a gente está propício a lesões. Esse campeonato foi muito disputado, exige muito da gente. E eu fiquei triste quando tive a lesão, pois vinha em uma sequência boa, o time também em uma sequência boa, depois fiquei alguns jogos fora, mas a equipe continuou bem. E é isso que importa. A gente teve o acesso e eu fiquei muito feliz com esse primeiro campeonato como profissional. E podendo ganhar título do pernambucano, podendo fazer gol, podendo ter o acesso. Espero que esse ano a gente possa conquistar ainda mais.”
Apesar de poucos jogos, deixou boa impressão na diretoria e comissão técnica e teve o vínculo estendido até 2021. Como encara essa nova oportunidade e a briga pela titularidade no elenco?
“Fico muito feliz por ter ido bem. Esses poucos jogos que tive, que fiz ano passado, fui bem. E espero melhorar nessa próxima temporada. Com certeza, a briga vai ser mais difícil ainda pela titularidade, mas eu vou trabalhar e vou procurar evoluir para que possa jogar e ajudar a equipe novamente.”
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O início de 2020 não está sendo fácil após a eliminação precoce na Copa do Brasil e a troca de técnico. Como está o clima do grupo após a chegada de Daniel Paulista?
“A gente sabe que a gente não vive um bom momento, o momento não tá bom. Mas a gente sabe também que nenhum momento é eterno, que o momento passa. E a gente sabe que essa tempestade que a gente ta passando ela logo acaba. Como teve os momentos bons do ano passado que a gente teve o acesso e foi campeão, o momento passou. Hoje, já vivemos outro momento, outro campeonato e a gente vai procurar melhorar. O Daniel Paulista chegou, está dando bastante moral e confiança para a gente e a gente abraçou a ideia dele e eu tenho certeza que logo essa maré vai passar.”
Com a paralisação devido ao novo coronavírus, como você ver a situação para os clubes brasileiros e como está enfrentando esse período para se manter, minimamente, em atividade?
“A gente sabe que o Sport está passando por um momento difícil, não só nos campeonatos, mas financeiramente, e entre outros clubes também, que estão vivendo momentos difíceis. Eu creio que esse é um momento para a gente se ajudar, não só os atletas, como a comissão, a diretoria, que eu tenho certeza que a gente vai passar por isso e vai voltar os campeonatos melhor do que estava antes até. A gente tem que continuar fazendo nossos exercícios em casa para não voltar do zero, da estaca zero, que quando fica parado sem fazer nada é mais difícil a volta.”
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O presidente do Sport, Milton Bivar, já declarou que não acredita em um retorno dos campeonatos para o mês de maio. Como você ver esse clima de incerteza?
“A gente ta vivendo um momento que tudo é incerteza, não temos certeza de nada, de quando vai voltar, de quando vai começar. A gente tem que ter paciência agora e se ajudar, pois a gente se ajudando, a gente passa por esse momento difícil mais fácil e mais rápido. Se todo mundo tiver a consciência de fazer o certo, tenho certeza que logo a gente estará em campo com os estádios lotados e que dê tudo certo.”
Para encerrar, qual a primeira coisa que fará após essa pandemia?
“Primeira coisa é agradecer a Deus por ter passado esse caos todo. Tenho certeza que Deus está no controle de tudo e quando passar, eu tenho certeza que vai ser pelos cuidados Dele. É só agradecer a Deus e voltar a vida normal, a rotina de treinos e de jogos. Isso é o que a gente mais quer que tudo isso passe e a gente volte a treinar, volte a jogar. Volte a viver tudo aquilo que a gente quis e que a gente sonha.”
Foto destaque: Reprodução / Marlon Costa / Torcedores.com