A princípio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deveria defender os interesses dos seus confederados.
Assim, estes atores são as federações estaduais e os clubes, sobretudo os da Série A e B, que participam do colégio eleitoral da entidade.
Contudo na prática, o que vemos na CBF é o protecionismo pelos interesses da Seleção Brasileira, quase nada para os clubes e muito para as federações.
Ou seja, discussões como calendário racional, redução dos estaduais e fair play financeiro não são resolvidas.
Por outro lado, os clubes continuam jogando em Data FIFA, os jogos continuam acontecendo a cada três dias e os estádios continuam vazios.
Novo presidente da CBF criou puxadinho na Federação Baiana
Antes de mais nada, temos que dizer que Ednaldo Rodrigues surgiu da mesma estrutura de poder que vicia a CBF.
Presidente da Federação Baiana de Futebol por mais de 10 anos, Ednaldo foi responsável por organizar um estadual com nível irrisório e, durante seu mandato, Bahia e Vitória experimentaram o rebaixamento à Série C no mesmo ano, 2005.
“Que esta entidade seja dos filiados, das federações, dos clubes da Série A, da B, da C, da D, do futebol brasileiro. E que nenhuma interferência externa possa subjugar este trabalho. Neste momento, quero agradecer a todos vocês de uma forma penhorada, por esse apoio, por esse decisivo não ao preconceito. E dizer que, juntos, queremos construir um futebol brasileiro que seja de pureza, de transparência, em que os clubes possam ter voz, não só votos. Que eles desenhem o que é melhor para todos eles. Que as federações coloquem seus nomes na modernidade do futebol brasileiro”, disse Ednaldo em seu discurso de posse.
Finalmente, os clubes devem aproveitar o momento de fraqueza da CBF, após o escândalo de Rogério Caboclo, para reivindicar melhorias sensíveis no futebol brasileiro.
A criação da liga e a instituição do Fair Play Financeiro, além da remodelação do calendário, são as principais. E que o discurso de Ednaldo seja mais que palavras.
Foto Destaque: Lucas Figueiredo/CBF