Barbosa, o ídolo injustiçado do Maracanazo de 1950

Uma frase no mundo do futebol que resume bem o que é ser goleiro é: “ser goleiro é ser herói e vilão”. Podemos dizer que dessa forma, ficou marcado Barbosa, goleiro do Mundial de 1950, o “Maracanazo“. Este foi, para muitos, considerando um dos principais responsáveis pelo revés que ocorreu no dia 16/07/1950 no Maracanã.

Carreira

Barbosa foi de um tempo que a identificação e o orgulho de vestir a camisa era muito mais importante que o dinheiro, que naquela época não deixara ninguém rico. Apareceu para o futebol no Ipiranga de São Paulo, após atuações de destaque. Logo, chamou atenção e se transferiu para o Vasco, um dos maiores clubes da época. Assim, se tornou um dos que mais vestiu o manto (400 jogos) e vários títulos: seis cariocas, um Campeonato Sul-Americano e um torneio Rio-São Paulo. Por outro lado, na Seleção brasileira, conquistou uma Copa América. Encerrou a carreira no América-RJ, aos 42 anos.

O famoso “Maracanazo”

A princípio, muitos já consideravam o Brasil como campeão. Era uma seleção forte, que jogava pra frente, com o chamado “DNA Brasileiro”. E por outro lado, tinha um adversário que não fizeram um bom Mundial, até chegar a decisão. A Seleção Canarinha abriu o placar, a festa era imensa. Contudo, logo em seguida, o Uruguai empatou. Logo, aos 34′, Gigghia sem ângulo, não chutou, nem cruzou para o gol. A bola entrou rasteira no canto do goleiro Barbosa. Silêncio e choro no Maracanã. Assim, dava o pontapé inicial para uma das maiores injustiças do futebol no Brasil, que apontava o arqueiro como o principal culpado pela derrota.

Barbosa Injustiçado

A final do Mundial deixou muitas marcas. Principalmente para Barbosa, o maior injustiçado e quem carregou toda responsabilidade durante toda a perda do Mundial. Dessa forma, na época se discutiu muito o fato. Para muitos, o exagerado fardo pode ter acontecido pelo mesmo ser negro. Algo que não era comum. Em suma, se é verdade ou não, fato é que, após Barbosa, apenas em 2006 a Seleção teve outro goleiro negro titular, Dida.

Barbosa ídolo

O Brasil é um país que não sabe preservar bem seus ídolos. Principalmente, aquele que vestiram a camisa, que se entregaram pela nação. Barbosa não é o primeiro e nem será o último a ser massacrado. Falhou? Talvez. Contudo, sua carreira não se resumo a esse erro. Final de Mundial? Sim. Por outro lado, sua vida devesse valer muito mais. Barbosa, o Injustiçado.

Foto destaque: Reprodução

Gilvan Rodrigues

Gilvan Rodrigues

Gilvan Junior, 20 anos, natural de Feira de Santana, estudante de jornalismo pela FAT. Desde pequeno, meu principal assunto era o esporte. Sempre acompanhado programas, sites, etc. Decidir, partir pra área que me dará a oportunidade de viver daquilo que mais amo. O futebol.