As mulheres estão dominando o mundo, inclusive o futebol Brasil afora

Ter um bom início de carreira, ser disputada por vários clubes e ter passagem pela base da Seleção Brasileira é, sem dúvidas, um caminho importante na luta das brasileiras, no futebol. Isabela Fernandes, que atua como lateral direita da Ponte Preta, é exemplo disso: ela disputará a Libertadores Feminina pelo Audax, após parceria entre os clubes. Com 21 anos, é titular absoluta na macaca e possui convocações para as seleções de base, na bagagem.

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Após boa passagem pela Ferroviária, conquistando nove títulos, Isabela se transferiu para a Ponte Preta em 2017. Lá, a jogadora já conquistou a Taça Ouro Sub-20 e ganhou a titularidade na temporada de 2018. Tendo como principais características a precisão nos cruzamentos, velocidade, bola aérea, passes e dribles de efeito, ela se destaca entre as principais jogadoras do Estado e o que espera para sua carreira internacional.

Em entrevista exclusiva ao FNV, Isabela contou sobre o surgimento de seu interesse pelo futebol, as dificuldades que as mulheres enfrentam ao escolher o esporte e sobre sua carreira como atleta profissional.

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Quando e como você começou a se interessar por futebol? Como decidiu jogar profissionalmente?
Sempre acompanhei meus pais desde pequena nos jogos e, sempre gostei de futebol. Comecei jogando com meninos até os meus 11 anos, depois fui pra ferroviária jogar no time feminino.

Quais são as dificuldades que uma mulher enfrenta quando decide ser jogadora?
Acho que as dificuldade são o apoio dos pais, preconceito de amigos e outras pessoas, e até financeiramente pra ter os materiais necessários.

Você conquistou um título em 2017 e é, atualmente, titular absoluta na equipe da Ponte Preta, fora a convocação para a seleção Sub-20 em três anos. Quer chegar à seleção principal?
Toda menina sonha em chegar a seleção principal, e, todos os dias, trabalho forte, lutando sempre pra chegar a principal. Trabalho forte pra que isso possa acontecer, e sempre luto para melhorar o que precisa ser melhorado.

E seu primeiro gol como profissional? Como e onde foi? Pode nos contar um pouco da sensação de tê-lo marcado?
Meu primeiro gol foi em 2014 contra o Botucatu, no Paulista. Foi uma sensação incrível e especial, de marcar o primeiro gol, e sendo o meu primeiro jogo. Eu recebi a bola no meio de campo, cortei 3 meninas e tirei da goleira.

Sua posição é a lateral direita na Ponte, como titular. Você sempre atuou nessa posição e se identifica mais com ela?
Sempre fui volante, mais em um campeonato fui para lateral para suprir uma posição que estava faltando e estou até hoje. Hoje, aliás, me identifico com ela.

Após uma parceria entre a Ponte Preta e o Audax, você disputará a Libertadores que tem início nesta segunda-feira próxima. Você já levantou um caneco em 2015, na competição internacional. O que você espera dessa edição 2018 atuando pelo Audax e como é pra você participar de um torneio tão importante que pode te mostrar ainda mais para o mundo do futebol feminino?
Pra mim é muito importante participar desse campeonato, pela visibilidade que tem e por ser tão importante, esse ano eu espero que podemos fazer um ótimo campeonato, estamos muito confiantes, e se Deus quiser vamos fazer de tudo pra voltar com a taça novamente.

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Iago Almeida

Iago Almeida

Iago de Almeida Silva. Nasci em Seritinga, interior de Minas Gerais, e moro em Varginha, também em Minas. 26 anos. Formado em Jornalismo pelo Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS.
Quando pequeno, queria aparecer em câmeras; na faculdade, conheci as áreas que envolvem a profissão escolhida; formado, não recuso e não tenho medo de desafios; e, acima de tudo, amo as palavras e o amplo conhecimento por trás delas.
Uma frase que me motiva: "O futuro não se encaixa nos contentores do passado" - Rishad Tobaccowala".