Após 14 anos, juíza apita jogo da Série A do Brasileirão

Na próxima segunda-feira (27) o futebol brasileiro chega a mais uma grande conquista. Após 14 anos, a paranaense Edina Batista será a segunda mulher na história do futebol nacional a apitar um jogo da Série A. Árbitra da Federação Paulista de Futebol, Edina também será uma das representantes da arbitragem brasileira na Copa do Mundo Feminina. O evento ocorre na França dos dias 7 de junho a 7 de julho.

A primeira mulher a apitar uma partida do Campeonato Brasileiro foi a já aposentada Silvia Regina. A paulista foi responsável pelo duelo entre Fortaleza e Paysandu no ano de 2005. No jogo de segunda, Silvia marcará presença como Supervisora do VAR após esse período. Além disso, Edina será auxiliada por Neuza Back e Emerson Augusto de Carvalho. O trio só não será inteiramente feminino porque a auxiliar Tatiane Sacilossi está se recuperando de lesão.

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A paranaense comandou dois jogos da Série B em 2019, além do VAR na partida entre Internacional e Cruzeiro pela quarta rodada do Brasileirão. Após isso, no último final de semana, Edina apitou o duelo entre América-MG e Sport. Na ocasião, os pernambucanos venceram por 2×1, com pouca interferência da juíza.

REPRESENTATIVIDADE

A escalação de Edina Batista foi apontada como um grande marco do futebol brasileiro pelo presidente da Comissão de Arbitragem da CBF – Leandro Gaciba. O presidente também evidenciou o merecimento por parte da paranaense.

“Eu só consigo ver meus árbitros como pessoas iguais. Acho que ela serve como exemplo não só para mulheres, mas para todos. A Edina era bandeira, abriu mão do escudo da FIFA, de árbitra internacional, porque tinha o sonho de ser árbitra central. Então, ela voltou às categorias de base, começou a apitar na base, largando o escudo internacional de auxiliar. Ela já conseguiu alcançar o quadro internacional como árbitra central e, hoje, está chegando na Série A. Para mim, ela é um exemplo para todo mundo”, afirmou o presidente da Comissão

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O atacante do Goiás – Leandro Barcia – também comentou a escalação de Edina para a partida. O jogador uruguaio afirmou que está habituado com a arbitragem feminina, já que no Uruguai este fenômeno é mais corriqueiro. Além disso, o atleta ainda ressaltou que o respeito deve prevalecer, independentemente de quem apita a partida.

“No Uruguai, tem uma árbitra que se chama Cláudia e apita há algum tempo e muito bem. As reclamações devem ser feitas sempre com respeito, seja com homens ou com mulheres. Não temos que nos preocupar em reclamar. Espero que ela possa fazer um grande trabalho”, completou

Maria Luisa Araki

Maria Luisa Araki