
Na última segunda-feira (27), a Odebrecht rescindiu o contrato de concessão do Maracanã. A decisão seria por causa de uma cláusula contratual, determinada pelo consórcio, que a empresa teria uma avaliação de dois anos e determinaria quando devolveria o estádio.
Essa condição foi rejeitada pelo governo do Rio de Janeiro e, agora o próximo passo é um novo acordo com a participação de clubes como o Flamengo e o Fluminense, além da Ferj (Federação de Futebol do Rio) que ainda precisa de investidores para fazer alguma proposta.
O Consórcio Maracanã S/A foi formado em 2013 pelas empresas Odebrecht (majoritária) com 95%, a IMX (empresa de Eike Batista até 2015) que vendeu os seus 5% para Odebrecht e a AEG com 5%. A proposta econômica do grupo para ficar com a licitação do estádio foi de R$ 181,5 milhões divididos em 33 parcelas de R$ 5,5 milhões por ano, o que equivale a 66% dos investimentos públicos.
Em 2015, a relação entre o consórcio e o governo estadual entrou em atrito, depois de prejuízos com a paralização de obras referentes ao estacionamento e de lojas comerciais que foram retiradas do acordo, logo após a Copa do Mundo de 2014, começaram a surgir especulações de que a Odebrecht abriria mão da concessão.
Depois disso, outro possível prejuízo para o consórcio seria por conta das Olimpíadas do Rio 2016, com suposta perda de R$ 57 milhões, pois o estádio ficaria à disposição do COI (Comitê Olímpico Internacional) por até nove meses.