Em suma, em quatro meses de trabalho, já foram 12 técnicos no Brasileiro que perderam seus cargos. O nome da vez é de Paulo Sousa, o treinador foi demitido do Flamengo logo após duas derrotas seguidas, diante do Fortaleza e Red Bull Bragantino.
Antes de mais nada, a troca de técnicos no Brasil sempre foi comum e sem profissionalismo. Um assunto que se torna atemporal. De super-herói a vilão em questão de 90 minutos, do céu ao inferno, esse é o trabalho turbulento dos treinadores brasileiros. Na visão do torcedor, a paixão fica sempre acima da razão. Nossa cultura de imediatismo exige que a vitória seja pra ontem.
Dança das cadeiras e os técnicos
Nos últimos 10 anos, uma média de 18 técnicos se revezaram pelos clubes no futebol brasileiro. Apenas uma pequena comparação com a Europa, posso citar Alex Ferguson, que dirigiu o Manchester United por 27 anos.
Diante desse histórico, a CBF decidiu criar uma nova regra, onde cada clube pode trocar de técnicos duas vezes até o final do campeonato, válido para a série B também. No entanto, os clubes conseguiram derrubar a regra que limitava as trocas.
“Acredito que a forma como se tornou a situação, mascarava muitas questões, em especial sobre as demissões em comum acordo. Ou botava um limite ou liberava novamente. Por consenso resolveu liberar, que eu acho que foi uma atitude coerente e sem interferência na gestão de cada clube”, afirma Walter Dal Zotto, presidente do Juventude.
Por fim, indico o livro chamado “A bola não entra por acaso”. Além de ser um livro sobre futebol, aborda o tema gestão, mostrando no contexto geral as ideias inovadoras para chegar ao sucesso e histórias inspiradoras.
Foto Destaque: Divulgação/Gazeta