
O Santa Cruz perdeu para 3 a 0 para a Ponte Preta, na última rodada do Brasileirão. Com sete derrotas nos últimos oito jogos, o comandante da equipe, Milton Mendes, 51 anos, ameaçou entregar o cargo nesta quinta-feira, após o jogo no Arruda. Ele não conta mais com o apoio de parte do elenco e viu, inclusive, torcedores que estavam nas sociais pedirem a sua saída durante a partida. Alguns líderes do elenco, no entanto foram até a coletiva após a partida para pedirem a permanência do técnico. No entanto, ao ser questionado sobre a responsabilidade pela queda da equipe na tabela, o atacante Bruno Moraes, que entrou no segundo tempo, expôs o clima ruim:
“Pergunta para o Milton, que é mais fácil”, disparou.
Existem ainda divergências entre funcionários antigos do clube e o treinador, no que foi confirmado pela diretoria do clube: “Alguns fatos existiram, mas coisas internas que são normais do futebol. Nada que extrapole. Alguns são mal interpretados e outros inverídicos”, disse o diretor de futebol Jomar Rocha, após a repercussão dos casos.
A pressão é grande pela troca no banco de reservas, mesmo após os títulos da Copa do Nordeste e do Pernambucano. O Santa Cruz assegura a manutenção de Milton Mendes.
No entanto, o que fazer em momentos de crise ?
Na distrital de Aveiro, em Portugal, o Alvarenga mudou de treinador 3 vezes. No inicio eram “gajos” mais conhecidos, tops, mas meteram-se com uns craques brasileiros metidos por um empresário e então o último treinador a assumir a equipe “acarinhou/adotou” esses brasileiros. O que aconteceu? Não perdeu nenhum jogo, subiu de divisão e sagrou-se campeão contra o tradicional Beira Mar há 2 dias. O que ele fez de diferente? Conversou, expôs os problemas, resolveu-os tratar de forma igual, mudou a postura e a distância que existia entre treinador e atleta. No caso de Milton Mendes ele poderia muito bem se aliar a quem é aliado, descobrir (se já não o sabe) quem são os seus “inimigos” dentro do elenco e unir-vos em atividades coletivas, que propiciem a boa relação e conjuntura; caso obtenha alguma receita, trazer dois ou três reforços poderiam ajudar a “mudar o clima” do grupo, que não é ruim, principalmente para o Brasileirão. Atividades com portões fechados também são uma boa para fechar o grupo em sí.
O mestre Sun Tzu, no clássico “A arte da guerra” diz:
“Se você conhece o inimigo e a si mesmo, não tema o resultado de cem batalhas. Se se conhece, mas não ao inimigo, para cada vitória sofrerá uma derrota. Se não conhece nem o inimigo nem a si, perderá todas as lutas.”
Resta a Milton Mendes, que tem respaldo da diretoria do Santinha, unir-vos.