Na tarde da ultima quinta-feira (10), o atacante Robinho foi novamente condenado em segunda instância pelo abuso sexual coletivo de uma jovem libanesa em 2013. Assim, a decisão foi tomada por um colegiado de três juízas, Francesca Vitale (que presidiu o julgamento), Paola Di Lorenzo e Chiara Nobili. Além disso, o Santos anunciou que não irá rescindir o contrato com o atacante do Peixe. Com isso, muitos torcedores pedem uma postura mais dura do Alvinegro em relação ao caso.
SANTOS
Antes de mais nada, o Santos não vai rescindir o contrato com o atacante Robinho. A princípio, o atleta segue suspenso. Dessa forma, o clube aguarda a terceira instância da Justiça italiana. No entanto, a inclusão do atleta no elenco do Peixe acaba sendo algo que a cúpula santista queira. Assim, isso acontece pelo fato de que isso pode gerar problemas para o clube.
CASO ROBINHO:
Justiça italiana confirmou condenação em segunda instância para Robinho e seu amigo, que foram acusados de estupro em 2013 e podem pegar até 9 anos de prisão por isso!
O jogador ainda tem contrato com o Santos, mas o contrato dele esta suspenso no momento!
— Info Santos Futebol Clube (@Info_Santos_FC) December 11, 2020
NOVOS AUDIOS DO ATACANTE
Novos áudios em ligações de Robinho com o seu amigo Falco, foram gravados com autorização judicial. Com isso, o atacante Robinho usa termos ofensivos e ri ao relatar os acontecimentos que fizeram o atleta ser condenado, em segunda instância.
“Se os caras mandarem eu ir lá depor vai ser foda, vou falar o que pra minha nega? […] Vou lá depor pra quê? Oito cara rangaram a mina […]. Ó que fase que eu tô”, disse Robinho por telefone a um amigo, em transcrição anexada ao processo em 18 de novembro e obtida pelo UOL Esporte.
“Mais tarde, ao relatar uma conversa com Ricardo Falco, que estava sendo convocado a depor à polícia, Robinho diz: “Cara, você quer um conselho? Não vai nem lá, volta pro Brasil, pelo menos tu não fica em cana.” (Risos)
CONTRATO
Primeiramente, o Santos assinou com Robinho há pouco menos de dois meses, no dia 10 de outubro. Antes de mais nada, o atleta fechou pelo salário simbólico de R$ 1.500. Por outro lado, havia cláusula de bonificação para o atleta: bônus de R$ 300 mil após 10 jogos e mais R$ 300 mil depois de 15 jogos. Além disso, tem a opção da prorrogação do contrato por mais um ano e sete meses.
No entanto, o “contrato” durou apenas seis dias. Isso devido ao processo de Robinho, que está correndo na Itália. Portanto, o jogador e seu amigo, Ricardo Falco, foram condenados em primeira e segunda instância a nove anos de prisão por violência sexual coletiva.
CONDENAÇÃO DO ROBINHO
O caso aconteceu numa boate de Milão, chamada Sio Café, na madrugada do dia 22 de janeiro de 2013. Além de Robinho e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros teriam participado do ato. A Procuradoria de Milão classificou como violência sexual. Posteriormente, ao ser interrogado, em abril de 2014, Robinho negou a acusação. Por outro lado, o atleta admite que manteve relação sexual com a vítima.
Muitas gravações de ligações telefônicas entre os acusados, feitas com autorização da Justiça, foram transcritas na sentença. Uma das mais decisivas para a condenação foi uma conversa de Falco com Robinho, que indicou ao tribunal que os envolvidos tinham consciência da condição da vítima.
SEGUNDA INSTÂNCIA
Antes de mais nada, mesmo com a condenação em segunda instância, Robinho continuará em liberdade, podendo até continuar jogando. Com isso, os advogados do atleta já informaram que irão recorrer à última sentença, alegando que houve consenso da mulher no ato sexual. No entanto, isso só pode acontecer no fim do ano de 2021.
Robinho tem a presunção de inocência garantida até que todas as fases de apelação se esgotem. E isso acontece apenas quando um caso chega à Corte de Cassação, terceira e última instância da Justiça italiana. Portanto, ela é equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil. Com isso, somente após a condenação em terceiro grau, acontece a condenação definitiva.
Foto destaque: Divulgação/Santos