
Quer gols? Chame Cristiano Ronaldo
Quer assistências? Chame o Neymar
Quer dribles e jogadas bonitas? Chame o Ronaldinho
Quer tudo isso junto? Chame o Vinícius Jr.
Brincadeiras à parte, o melhor jogador do último sul-americano sub-17, realizado no Chile, vem chamando atenção até do outro lado do Atlântico. Barcelona e Real Madrid já desejam o atleta de 16 anos, que tem contrato vigente com o Flamengo até o ano de 2019 e multa de 30 milhões de euros. Após o ótimo torneio realizado com a camisa da seleção, Vinícius ainda é uma promessa ou já pode ser considerado uma realidade?
Neymar, Messi, Philippe Coutinho e Gabriel Jesus. O que esses 4 jogadores têm em comum? Assim como Vinícius Jr., esses nomes destoavam do restante nas categorias de base e logo cedo pediam passagem entre os profissionais. O “Novo Neymar” (que não gosta de ser chamado assim) já merece uma oportunidade no elenco rubro-negro pra ontem.
Observando seus jogos na Copa São Paulo de Futebol Júnior (competição sub-20) e o próprio Sul-Americano, nota-se que ele é diferente. O campo de futebol se torna um playground aos seus pés. Pelo lado esquerdo, direito ou pelo meio, o jovem de 16 anos vem sendo criativo e ao mesmo tempo letal. Além das canetas e lindos chapéus – como a sequência de três balões pra cima dos paraguaios – Vinícius, só esse ano, marcou 7 gols em 8 jogos pela seleção sub-17, além dos 3 gols pelo Flamengo na Copa São Paulo saindo do banco e se destacando numa competição numa categoria acima. O menino de São Gonçalo está mais do que pronto para ser um jogador profissional.
Mas é preciso salientar que o jogador não pode ser “queimado”, as oportunidades devem ser dadas aos poucos. Outras promessas com um ótimo potencial não vingaram. No próprio Flamengo temos o exemplo da geração campeã da Copinha em 2011, nomes como Negueba, Adryan, Muralha e Rafinha foram destaques da base do Mengão mas não vingaram entre os profissionais do clube e hoje permeiam por clubes menores. Quem não se lembra do – “metade Kaká, metade Ronaldinho” – Lulinha? Surgiu como a grande revelação do Corinthians, mas não vingou no alvinegro e após rodar por vários clubes, hoje está no futebol sul-coreano. Esses são só alguns dos vários exemplos.
O modo como o clube e o próprio jogador gerenciam a carreira fazem a diferença no futuro. Assim como o clube deve dar oportunidade e estrutura para o jogador se desenvolver, o atleta não pode se deslumbrar com o assédio de outros clubes e jogar com “salto alto”. Vinícius tem um grande potencial, só alguma catástrofe para que ele não vire um grande craque do futebol brasileiro.