
Promovida pela CBF, a Semana do Futebol sempre traz grandes nomes em suas palestras. Desta vez não poderia ser diferente, já que contou, em seu primeiro dia, com Dunga e Antonio Conte, da Itália, em roda de discussão. No entanto, Oswaldo de Oliveira, que no momento está sem dirigir nenhum clube, foi o grande nome da noite desta segunda-feira.
Na parte final da palestra de abertura, Oswaldo roubou a cena ao criticar a própria CBF e a imprensa, e também cometeu algumas gafes que arrancaram risos e olhares de constrangimento da plateia. Logo de cara, confessou estar bastante nervoso e desabafou quanto a não estar trabalho, enganchando várias críticas contra a CBF e organização de eventos e campeonatos de futebol.
Com simpatia, o ex-técnico do Flamengo estava, inicialmente, sentado no auditório quando começou a discursar sobre o modo como os campeonatos no Brasil são organizados e também os processos de formação de um jogador em território nacional, os quais, ao seu ver, são bem diferentes do resto do mundo e, por isso, ineficientes. Depois disso, se juntou aos palestrantes Dunga, Conte e Levir Culpi no palco, onde recebeu um microfone e deu continuidade aos assuntos, citando grandes jogadores africanos que não conseguem ganhar títulos por suas seleções pelo país não ter a formação necessária, além de ter comentado o desequilíbrio emocional dos jogadores do Brasil na última Copa América.
Além desses assuntos, Oswaldo também elogiou Felipão, Parreira e Fernando Diniz e criticou a CBF por ter demitido Mano Menezes, completando com a afirmação de é preciso ter mais carinho com técnicos e jogadores, citando o técnico português Sérgio Soares, da Ferroviária, em comparação a Diniz. Ao sair, além de brincar ao pedir emprego, Oswaldo cometeu a gafe de perguntar a Conte se ele era o “Conti de 82, da Copa”, sendo respondido por Dunga que “não, aquele era Bruno Conti” (os dois jogadores têm diferença de 15 anos).
No final, Dunga distribuiu camisas da seleção a Levir e Conte, e Oswaldo, instalado novamente na plateia, não deixou por menos “Eu também fui aí, não tem camisa pra mim, não?”