
Reformulação. Esta é uma palavra que vem sendo muito utilizada, de forma geral, pela CBF. Seus representantes e dirigentes adotam uma filosofia de reformulação em seus discursos, após o trágico 7×1 na Copa de 2014. Tal vexame levou o técnico Luis Felipe Scolari a demissão, e um novo técnico precisava assumir o cargo.
A volta de Dunga foi, na compreensão do então presidente da CBF, José Maria Marin, e de seus demais dirigentes, a melhor opção para comandar a seleção neste processo. O retrospecto na primeira passagem do treinador não foi de se menosprezar ou colocar tantos defeitos. Com 42 vitórias, 12 empates e apenas seis derrotas, Dunga conquistou a Copa América de 2007 e a Copa das Confederações em 2009. A primeira passagem pela seleção se encerrou após a eliminação nas quartas de finais da Copa de 2010, diante da Holanda. Desde então, o técnico comandou o Internacional por um curto período, e após várias críticas da torcida deixou Porto Alegre.
Dunga retornou ao comando da seleção brasileira após a vergonhosa goleada sofrida pela Alemanha, no Mineirão. Desde que reassumiu seu antigo cargo, obteve 18 vitórias, cinco empates e três derrotas. Números positivos, porém seus resultados nem tanto. Dois desses 26 jogos foram cruciais para a queda do treinador nesta terça-feira (14): o empate contra o Paraguai, na Copa América do ano passado, e a derrota para o Peru, na Copa América deste ano. No empate contra o Paraguai, a seleção brasileira foi eliminada nas cobranças de penalti. Em sua última partida com técnico da seleção, foi derrotado pela modesta seleção peruana, e com isso, eliminado ainda na frase de grupos. Vale lembrar que seus outros adversários no grupo eram Equador e Haiti.
O futuro da seleção brasileira, mesmo ainda não definido, já tem caminho quase traçado. O nome de Tite, já especulado antes no comando da seleção, é o favorito para assumir o cargo deixado por Dunga. Muito provavelmente o técnico alvinegro deixará a capital paulista para comandar a seleção.
Quanto a Dunga, seu futuro profissional é um mistério. Talvez ele siga o exemplo de técnicos brasileiros, como Vanderlei Luxemburgo e Mano Menezes, e tente se aventurar no futebol asiático. Ou ainda pode começar negociação com algum clube brasileiro que ainda tenha interesse em seu trabalho.