
Com 2 gols de Gabriel Jesus, Brasil bate Equador por 3×0 e melhora sua colocação na classificação das Eliminatórias Ao terminar a partida nesta quinta-feira (1), um fato ficou claro: podemos e devemos confiar no trabalho de Tite. Isso porque a seleção brasileira que se viu em campo refletiu o que conhecemos sobre seu treinador: muita segurança, tanto com a bola nos pés quanto no que se refere ao posicionamento defensivo.
Com apenas 3 treinos antes do jogo válido pelas Eliminatórias, Tite parece ter conseguido passar aos jogadores o que tem de mais eficiente. Pressão para recuperar a bola logo após perde-la, posse de bola associada a triangulações e um sistema defensivo bem compacto tornaram a seleção brasileira uma equipe muito bem estruturada e que pouco sofreu durante os 90 minutos.
Após um primeiro tempo pouco movimentado – no qual predominaram as tentativas de chutes de fora da área por parte do Brasil, enquanto o Equador abusava dos lançamentos longos para apostar na velocidade de seus atacantes -, o placar foi aberto aos 26 minutos do segundo tempo por Neymar, em cobrança de pênalti sofrido por Gabriel Jesus. 5 minutos depois, Paredes deu uma entrada dura em Renato Augusto, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso; com isso, espaços foram aparecendo naturalmente e coube ao atacante palmeirense saber aproveitá-los.
Aos 41, o garoto aproveitou o cruzamento por baixo de Marcelo, se antecipou ao zagueiro e, com um toque que misturou oportunismo e categoria, colocou a bola pra dentro. Por fim, aos 47, Gabriel Jesus deu um belo chute de fora da área e sacramentou a vitória brasileira em território equatoriano – o que não acontecia desde 1983, quando Roberto Dinamite e companhia venceram por 1×0.
Além do aspecto tático, Tite deve ser elogiado também pelas escolhas que fez para os titulares. Gil era o mais cotado para fazer dupla de zaga com Miranda, mas Marquinhos foi escolhido e respondeu a altura com o futebol firme e limpo que já vem apresentando a um tempo, tanto no PSG quanto na seleção. No meio, Paulinho mostrou porque conta com a confiança do técnico. Um dos nomes mais discutidos da lista de convocados, o ex-corinthians foi muito bem nos desarmes, nas interceptações e na saída de bola, dividindo, assim, a responsabilidade da transição com Renato Augusto. No ataque, a presença de Gabriel Jesus era incerta antes de Tite divulgar a escalação. Muito se falou na entrada de Philippe Coutinho pelo meio, com Neymar fazendo a função do atacante no 4-1-4-1 (pelo fato de ser o primeiro jogo de Gabriel, não se sabia como o jovem lidaria com a pressão). Que nada.
O garoto de 19 anos repetiu as belas atuações que vem fazendo no campeonato brasileiro e mostrou que a camisa 9 está em boas mãos. Na estreia de Tite como comandante da seleção brasileira (o técnico foi o primeiro a estrear em partida oficial desde a primeira passagem de Felipão), o resultado foi mais elástico do que o esperado.
Garantido entre os 5 primeiros independentemente do que acontecer até o fim dessa rodada, o Brasil agora se prepara para o duelo contra a Colômbia, em Manaus, na próxima terça-feira.