O pouco interesse do público e as críticas a cerca da Copa das Confederações já haviam feito a FIFA buscar alternativas e repensar os torneios que a entidade organiza. Desde que assumiu a presidência da entidade máxima do futebol no mundo, Gianni Infantino demonstra interesse de mudar fórmula atual de disputa do Mundial de Clubes que acontece desde 2005. Um dos motivos seria o lucro.
Um novo modelo de disputa foi apresentado ao conselho da FIFA em Bogotá no mês passado e enviado às confederações, uma decisão final vai ser tomada em junho em Moscou, quando a cúpula da entidade se reúne novamente.
Entre as propostas do documento está o aumento de participantes, serão 24 times divididos em 8 grupos, 31 partidas no total e 18 dias de disputa. Fórmula que não agradou em nada as entidades europeias. “Não estamos preparados para fazer nenhuma mudança em nosso calendário”, afirmou Lars-Christen Olsson, presidente da Associação de Ligas Europeias de Futebol Profissional (EPFL, sigla em inglês). Que completou “Também temos muitas ressalvas em relação a conversa sobre expandir o Mundial de Clubes”, disse se referindo tanto ao inchaço da Copa do Mundo quanto ao novo formato de Mundial de Clubes.
Entre as reclamações das ligas europeias é que eles se mostraram flexíveis à FIFA em relação a Copa no Quatar em 2022, quando pela primeira vez a competição será disputada entre novembro e dezembro para evitar as altas temperaturas do verão no deserto. Para isso já foi estudado uma mudança no calendário europeu para o ano da Copa e para eles o novo Mundial apertaria ainda mais o calendário e deixaria os atletas quase sem datas para descanso. É bom lembrar que além da Copa do Mundo e o Mundial, ainda tem a Eurocopa e a recém criada Liga das Nações da UEFA.
O novo torneio substitui a Copa das Confederações que teve sua última edição na Rússia e vista como fracasso de público pela entidade que comanda o futebol e pretende levar aos cofres da FIFA de US$ 650 milhões a US$ 1 bilhão por edição do torneio e seria divido da seguinte forma: 75% para os clubes participantes, 20% para programas de desenvolvimento no mundo e 5% para ligas e clubes não-participantes.
Entenda o novo Mundial de Clubes:
Segundo a proposta da FIFA, até 2020 o mundial continua como conhecemos e somente em 2021 assumiria os seguintes critérios:
- Será disputado entre junho e julho com duração de 18 dias e 31 partidas no total.
- Um total de seis estádios serão usados.
- Substituirá a Copa das Confederações e acontecerá de 4 em 4 anos.
- 24 clubes vão disputar o Mundial.
CLASSIFICAÇÃO PARA O MUNDIAL:
12 clubes da UEFA: Os campeões e vices das últimas quatro edições da Liga dos Campeões e os quatro últimos campeões da Liga Europa.
4,5 clubes da Conmebol: Os últimos quatro campeões da Libertadores garantidos e os últimos quatro campeões da Sul-Americana fazem um mata-mata para decidir quem disputa uma vaga contra a Oceania.
2 clubes da Ásia, África e Concacaf: Haverá um play-off para decidir as duas vagas de cada uma das confederações. Caso algum time vença duas vezes consecutivas o torneio de seu continente se classifica de forma automática.
0,5 clube da Oceania: Haverá um play-off entre os últimos campeões e o vencedor enfrenta o representante da Conmebol para definir a última vaga ao mundial.
1 vaga do país sede: O país sede não será necessariamente o mesmo que receberá a Copa do Mundo no ano seguinte.
Sorteio:
Os times serão divididos em três potes
- Pote 1 – Oito times da UEFA serão cabeças de chave.
- Pote 2 – Os outros quatro da UEFA e os quatro da Conmebol.
- Pote 3 – O país sede, as demais confederações e o classificado da repescagem.