
Considerado um dos maiores clássicos do mundo, Brasil e Argentina se enfrentam nesta quinta-feira, 10, em jogo válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Em mais de 100 anos de narrativa, essas duas camisas adquiriram um peso que traz junto contextos históricos, seja por conquistas ou decepções. A Seleção Brasileira, por exemplo, jogava de branco até 1952. A cor sairia de cena definitivamente graças a trágica derrota para o Uruguai em pleno Maracanã na Copa do Mundo de dois anos antes.
O novo uniforme do Brasil viria a tona após um concurso do jornal carioca Correio da Manhã. A composição de camisa amarelo-ouro com detalhes verdes nas golas e punhos, calção azul e meias brancas foi criada pelo gaúcho Aldyr Garcia Schlle a fim de dar uma cara nova e um “recomeço” ao futebol nacional através das cores da própria bandeira. Coincidência ou não, o manto mudaria para sempre a trajetória da Seleção Brasileira, que hoje é lembrada no mundo por ser a única pentacampeã mundial.
Do outro lado, uma história não menos relevante envolve as listras dos argentinos. Em seus primeiros jogos da história, o uniforme hermano foi composto por camisas e calções brancos e meias pretas, combinação que seguiu até o final da primeira década do século XX, quando os argentinos resolveram adotar listras em azul celeste e branco na camisa, em alusão à bandeira nacional. A mudança veio durante as celebrações do país ao centenário da Revolução de Maio.
Vale lembrar que existe um lenda na Argentina que a camisa Alviceleste da seleção teria sido na verdade uma inspiração vinda do Club Atlético Argentino de Quilmes, considerado uma das principais equipes do país da época. Fundado em 1899, a equipe da província de Buenos Aires já usava uma vestimenta semelhante a adotada pela Argentina em 1910.
Independente da verdadeira inspiração, fato é que uniforme argentino passou nesta época a adotar o modelo atual e tradicional.