Segundo um relatório do ‘Sport 890′ do Uruguai, apenas três clubes estão arcando com 100% dos salários. Dessa foram, seriam: o Deportivo Maldonado, Liverpool e Torque. Ainda de acordo com a informação, nos três casos, as instituições complementam a ‘diferença' entre o subsídio das EPB e a remuneração total dos atletas. Todos os clubes uruguaios da Primeira Divisão de futebol, que estavam disputando o Apertura Uruguaio, enviaram seus jogadores ao seguro-desemprego.
Sendo assim, o BPS paga a eles uma porcentagem de seu salário (respeitando um limite). Diante desse cenário, no qual nem todos os jogadores conseguem ter acesso a esse mecanismo de ‘seguridade social‘ como é chamado por lá, as realidades são distintas.
A SITUAÇÃO DOS CLUBES DO APERTURA URUGUAIO
O Nacional recorreu do seguro parcial de desemprego no primeiro mês do recesso de coronavírus, pelo qual pagou metade do salário, mas já no segundo mudou e só fará suplementos de acordo com a escala salarial. Quem cobra menos pagará uma porcentagem maior. Esse mecanismo de acordo com o salário também é aplicado pelos Montevideo Wanderers. Por outro lado, o Peñarol negocia o percentual de salários a serem complementados pelo clube, depois que a equipe e os comandantes não chegaram a um acordo sobre os valores.
O Defensor Sporting completou no primeiro mês para que os jogadores recebessem 100% do salário, mas no segundo já estão negociando. No caso de qualificação para a próxima Copa Libertadores, eles serão compensados pela perda econômica. Enquanto Fénix, Cerro Largo e Plaza Colonia pagam suplementos aos jogadores para receberem o salário mínimo da Primeira Divisão (US $ 33.924 líquidos sem filhos menores dependentes e US $ 33.335 com filhos menores dependentes).
Por fim, o Boston River, time onde Loco Abreu é técnico e também jogador, complementa até 50% do salário real. O Danubio pagou suplementos para todo o campus em março, mas não em abril. Foi definido que o clube só pagará os salários para os jogadores que não puderam acessar o subsídio de BPS.
River Plate e Rentistas não estão pagando os salários, embora atendam a situações mais específicas, enquanto o Cerro e Progreso não pagam ‘acessórios'. Sobrando então, o Deportivo Maldonado, Liverpool e Torque, os únicos clubes uruguaios que estão pagando os salários integrais de todos os jogadores dos respectivos elencos.
Foto em destaque: Twitter/City Torque