
Nesta semana, a coluna Tática dos Campeões celebra os 15 anos da conquista do tricampeonato mundial do São Paulo comandados pelo técnico Paulo Autuori. Assim, o Tricolor Paulista comemora neste mês o aniversário daquele 18 de dezembro de 2005 onde a equipe bateu o Liverpool por 1 x 0 na final do Mundial de Clubes. Além disso, o time de Autuori conquistou outros dois títulos na temporada: o Paulista e a Libertadores.
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MAIS QUE UM GOLEIRO, UM MITO
É impossível falar do São Paulo de 2005 sem começar com seu goleiro, capitão e artilheiro: Rogério Ceni. Assim, o ídolo sãopaulino teve uma de suas temporadas mais mágicas, o que lhe rendeu o apelido de mito. Isso porque, apesar de goleiro, foi o líder na artilharia da equipe no ano. Dessa forma, fez cinco gols no Paulistão, cinco na Libertadores, 10 no Brasileirão e um na semifinal do Mundial.
E para aqueles que falavam que ele só era conhecido por fazer gols, Rogério foi decisivo na final contra o Liverpool debaixo da trave também. Assim, apesar das 21 finalizações, sendo oito delas em direção do gol, da equipe inglesa, o mito passou sem tomar gols na final e atuando de forma espetacular. Além disso, fez uma das defesas mais marcantes da história em falta batida por Steven Gerrard.
DEFESA SÓLIDA E MEIO-CAMPO BRILHANTE
O São Paulo daquele ano jogava no famoso 3-5-2. Assim, a linha de três zagueiros era composta por Edcarlos e Fabão, dois zagueiros simples, que não comprometiam atrás e eram muito fortes na jogada aérea, tanto defensivamente, quanto ofensivamente. Além disso, ainda tinha Diego Lugano, conhecido como Deus da Raça pela torcida, dava a vida em todos os jogos e era sempre impecável na marcação.
Os cinco meio-campos começavam pelos alas, Cicinho e Júnior, dois construtores de jogo, que eram muito poderosos no ataque contribuindo com grandes assistências ao longo da temporada. Dessa forma, Josué e Mineiro eram cruciais como volantes para maior proteção da zaga. Apesar disso, Mineiro aparecia muito bem no ataque, tanto que foi o autor do gol do título do Mundial. Danilo fechava o meio-campo sendo o grande cerébro da equipe.
PODER DE FOGO DO SÃO PAULO NO ATAQUE
O São Paulo jogava sempre com dois atacantes fazedores de gols. Assim, teve quatro grandes nomes no ano de 2005, sendo todos tendo sua importância. Dessa forma, iniciou a Libertadores com Grafite e Luizão, esse último sendo o artilheiro da Libertadores junto com Ceni. Por outro lado, Grafite sofreu muito com as lesões e não conseguiu ter sequência. Dessa forma, Amoroso foi contratado ao seu lugar.
Amoroso caiu como uma luva na equipe e não perdeu mais a vaga de titular no ano. Assim, fez dupla de ataque na final do Mundial com Aloísio Chulapa. Isso porque, o atacante que foi contratado para o lugar de Luizão, que terminou seu contrato, caiu rapidamente nas graças da torcida. Além disso, foi decisivo na final dando um passe de trivela para o gol do título de Mineiro.
Foto: Reprodução / Imortais do Futebol
SÃO PAULO 1 x 0 LIVERPOOL
São Paulo e Liverpool entraram em campo sabendo que o favoritismo estava todo do lado dos Reds. Apesar disso, a equipe paulista soube atacar nos momentos certos e criou algumas chances na etapa inicial. Assim, aos 27′ abriu o placar com Mineiro, encerrando uma sequência de 11 jogos sem tomar gol da equipe inglesa. Dessa forma, a etapa inicial terminou com o Tricolor em vantagem.
Na etapa final foi um ataque contra defesa por parte dos Reds. Assim, brilhou a estrela de Rogério Ceni com suas defesas milagrosas. Além disso, o Tricolor Paulista contou com a sorte de ter três gols do Liverpool bem anulados pela arbitragem. Dessa forma, não havia nada que os ingleses poderiam fazer e o São Paulo se tornou tricampeão mundial.
Foto Destaque: Reprodução / Getty Images